MEMBRO DA ERCA DENUNCIA PERSEGUIÇÃO POLÍTICA E CRIMINOSA DO MPLA

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O membro do Conselheiro Directivo da Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana (ERCA) Carlos Alberto denunciou em conferência de imprensa, nesta quinta-feira, 08/08, de que está a ser vítima de “perseguição política criminosa”, devido ao que considera incompetência generalizada dos representantes do MPLA na instituição reguladora da comunicação social angolana.

Rádio Angola

A reacção de Carlos Alberto surge na sequência de um novo processo disciplinar que terá sido instaurado no decurso de uma reunião ocorrida nesta quarta-feira, 07/08, movido supostamente pelo presidente da ERCA Adelino Marques de Almeida, a quem o considera de “ditador” ao adicionar à última hora, um ponto na agenda, que segundo o jornalista “não constava inicialmente nas discussões”.

À imprensa, Carlos Alberto que disse ter abandonado a referida reunião, sublinhou que “está perante uma perseguição política criminosa e de coação psicológica clara” contra a sua pessoa devido, em seu entender, a uma incompetência generalizada, “incluindo o sector da comunicação social, do partido MPLA que governa ou desgoverna este país”, disse.

No seu descontentamento, Carlos Alberto indicado como independente na ERCA pelo partido UNITA, afirmou que está a ser perseguido pelo partido no poder, devido às suas posições críticas nas redes sociais sobre a governação de João Lourenço e do seu Executivo.

“Não satisfeitos com o facto de não me terem conseguido expulsar da ERCA”, disse Carlos Alberto, na quarta-feira, 7 de Agosto, durante a reunião do Conselho Directivo surgiu um ponto, à ultima hora, que não fazia parte da agenda inicial, para avaliar o post que o mesmo terá publicado na sua página do facebook no dia 5 de Agosto do ano em curso – onde escreve que “o ministro da Comunicação Social João Melo não tem cumprido o seu papel de regulador e supervisor das linhas editoriais dos órgãos de comunicação social como manda a lei.

O texto, de acordo com o Carlos Alberto, “foi escrito dois dias antes da reunião desta quarta-feira e estranhamente já estava impresso e anexo à nossa documentação, estamos a citar o Carlos, sem que tivesse sido aprovado por nós, uma outra violação do presidente ditador da ERCA Adelino Marques de Almeida – o que vem provar que a nossa suspeita de perseguição política do MPLA, dentro e fora da ERCA, com possíveis ordens superiores do próprio ministro João Melo e outros responsáveis do MPLA para  ser expulso da ERCA sempre foi um facto quase indesmentível”, referiu.

Carlos Alberto apelou na ocasião ao partido MPLA, ao seu presidente João Lourenço e aos seus representantes na ERCA para o respeito escrupuloso da Constituição e da Lei e reitera à imprensa que vai continuar a escrever no meu facebook e nas redes sociais, já que, no seu entender, está num Estado Democrático e de Direito, pelo que, o que a sua cabeça quiser, desde que não levante falsos testemunhos contra ninguém, não difame ninguém, não falte ao respeito a ninguém, é livre de avaliar qualquer gestor público, incluindo o presidente da República, se assim achar, e pode mesmo dizer que as políticas de gestão do Presidente da República João Lourenço e seus colaboradores não me convencem.

Oiça aqui na página da Rádio Angola os pronunciamento de Carlos Alberto:

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