JOVEM AGREDIDO POR MEMBROS DA JMPLA NO MONTE-BELO

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Um membro da ala juvenil do maior partido da oposição em Angola, UNITA, foi brutalmente agredido na manhã do dia 18 de Setembro de 2017 alegadamente por membros da ala jovem do MPLA na comuna do Monte-Belo, município do Bocoio, província de Benguela.

Texto de Pinto Muxima | Bocoio

O cidadão, de nome Faustino Semente e mais conhecido pelo nome Fura, segundo secretário da JMPLA no Monte-Belo, com mais três membros da sua organização, são acusados de espancarem um membro da JURA na estrada principal n.º 250 ao ponto de ferir o mesmo. Segundo Fura, Monte-Belo praticamente tem de ser dividido ao meio, sendo o lado norte para a UNITA e o sul para o MPLA.

A confusão naquela comuna começou no dia 16 de Setembro do corrente ano quando os membros do MPLA decidiram comemorar a bastante contestada vitória eleitoral de seu partido e acharam conveniente fazer uma passeata nas artérias da comuna. Passaram pelo comité da UNITA onde zombaram do perdedor e aí um dos jovens do partido chefiado por Isaías Samakuva não gostou da atitude e achou que devia reagir proferindo algumas palavras. A pancadaria começou e os militantes quebraram tudo que estava perto, queimaram motorizadas e quando a polícia chegou ao local disparou contra os membros da UNITA.

Nesta confusão, houve seis feridos, três detidos pela Polícia Nacional e a maioria dos membros da UNITA fugiram às matas por causa de muitos tiros que a polícia disparava contra eles. Entre os os danos materiais, destacamos o arrombamento das cantinas e casas de membros da UNITA enquanto a polícia disparava, levando alguns bens alimentares, e romperam também uma farmácia onde levaram todo o medicamento.

O número de feridos da UNITA subiu para nove e o MPLA conta com três. A nossa equipa de reportagem entrou em contacto com Bernardo Lucas, uma das vítimas das agressões por parte de militantes do partido no poder. Como agravante, os feridos também estão presos até este momento. A nossa equipa tentou contactar os feridos dos dois lados, mas sem sucesso porque as autoridades policiais não permitiram.