Jefran acusada de burla na compra de casa de 15 milhões kwanzas no condomínio “Vila Israel”

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A construtora Jefran está a ser acusada de ter burlado uma família que, em 2016, adquiriu uma residência do tipo T3 no valor de 15 milhões de kwanzas, no condomínio “Vila Israel”, no distrito urbano do Benfica, em Luanda.

O cidadão Jorge Vantrier, alegada vítima, contou à imprensa nesta quinta-feira, 28, que a casa foi paga na totalidade, mas para a surpresa dos familiares, a construtora Jefran decidiu trocar as fechaduras do imóvel e colocou seguranças no local para impedir a sua entrada isto depois da casa ter sido dada ao proprietário.

“Na sexta-feira da semana passada, nos deparamos que, na casa número 34, a empresa Jefran meteu um agente de segurança sem sabermos as razões e dentro tem um morador que está a fazer obras numa outra residência dentro da vila”, disse.

Jorge Vantrier relata que a família procurou saber das motivações para tal medida da construtora, esta terá alegado que, a residência em causa estava em litígio e por esta razão, deviam se dirigir aos escritórios da Jefran para os devidos acertos.

“Temos os documentos todos, desde o termo de quitação e de entrega da casa nº 34 passados pela Jefran, por isso, não entendemos o tipo de litígio que temos, uma vez que temos em posse os comprovativos do pagamento completo da casa”, esclareceu.

A vítima considera atitude “inconfessa” da empresa Jefran, ao colocar um segurança sem o consentimento do cliente/proprietário do imóvel, mesmo tendo recebido o dinheiro completo na venda da referida casa.

“Entraram para a residência onde tem material de construção e trocaram as fechaduras todas”, reforçou, revelando que, para além da casa nº 34, a sua família adquiriu igualmente mais cinco vivendas no mesmo condomínio “e foram entregues inconclusivas apesar do pagamento cem por cento do valor”.

Nas declarações aos órgãos de comunicação social, Jorge Vantrier, afirmou que os familiares desconfiam que a construtora tenha sido “desonesta” ao vender a residência a um outro cliente, por este facto fala em legítimo, que para ele “nunca existiu”.

“Se a Jefran tem os documentos todos, como alegar existir litígio?”, questionou o cidadão, visivelmente insatisfeito com o cenário que enfrenta, sublinhando que, caso à construtora “teimar em não resolver o assunto amigavelmente, a única solução será os órgãos de justiça”.

O jurista Manuel Cangundo aconselha aos familiares, supostamente lesados, a recorrer à justiça, pois entende que, diante dos factos descritos pela “vítima”, “não se trata de um litígio”, uma vez que os documentos apresentados provam que “o imóvel pertencente à família Vantrier”.

“O acto de a Jefran ter arrombado a casa e ter colocado novas fechaduras, configuram crimes de invasão de propriedade e vandalismo”, disse.

O portal Rádio Angola tudo fez para ouvir a versão da empresa Jefran, mas não houve disponibilidade para reagir sobre o assunto.

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