Isaías Kalunga quer entrega dos apartamentos da “Vida Pacifica” aos jovens no prazo de quatro meses
O Conselho Nacional da Juventude (CNJ) solicitou, esta sexta-feira, 25, ao Fundo de Fomento da Habitação (FFA) e ao Instituto Nacional de Habitação (INH) a entrega, nos próximos quatro meses, das residências atribuídas aos jovens nos projectos habitacionais do Estado.
A solicitação foi feita durante uma visita de constatação realizada entre o CNJ, o Fundo de Fomento de Habitação (FH) e o Instituto Nacional de Habitação (INH) a centralidade Vida Pacífica (Zango-0), no quadro das reclamações dos jovens beneficiários relativamente a demora na entrega das residências.
Mais de dez meses após a assinatura dos contratos para a aquisição de apartamentos na centralidade “Vida Pacifica” muitos jovens continuam à espera das chaves, sem qualquer informação das entidades gestoras do projecto habitacional.
Apesar da demora, o presidente do CNJ, Isaías Kalunga, apelou à juventude maior serenidade, tendo fé no cumprimento por parte do Instituto Nacional de Habitação (INH) na entrega das residências.
Apelou, de igual modo, a benevolência e o dinamismo por parte do ministro de tutela para mobilizar as empresas para que em tempo recorde se resolva a situação.
Jovens beneficiários criticam incumprimento do contrato pelo Governo
Os jovens contemplados com apartamentos na mesma centralidade, dizem-se agastados com a morosidade do Governo angolano, que por intermédio do Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território, não cumpre com os prazos estabelecidos nos contratos assinados pela juventude.
De acordo com os beneficiários, já são passados um ano desde que foram, assinados os contratos-promessa com o Instituto Nacional da Habitação (INH), para o acesso às habitações, mas lamentam que até ao momento, nenhuma satisfação lhes tem sido dada, de como anda o processo, contrariando assim, o estipulado no contrato, que as entregas seriam feitas oito meses depois da assinatura de ambas as partes.
São no total mil e 120 apartamentos disponibilizados em 2019 pelo Presidente da República, João Lourenço, à juventude, sob mediação do Conselho Nacional da Juventude (CNJ).
Com contratos em mãos há mais de um ano, os promitentes compradores, vêem-se impedidos de aceder aos apartamentos, pelo facto dos mesmos estarem à espera há vários meses de obras de reabilitação.
O cenário está a inflamar a ira dos jovens beneficiários, que acusam o ministro das Obras Públicas, Manuel Tavares de retardar a entrega das casas com fins inconfessos.
Indignados, os jovens que tencionam receber as suas moradias nas condições em que elas se encontram, convocam protestos ininterruptos, sendo que o primeiro deles esteve agendado para segunda-feira passada, 21, na “Vida Pacífica”, do qual se seguirão outros defronte às instalações do Ministério das Obras Públicas, Construção e Ordenamento do Território.
Na visita de constatação efeCtuada na sexta-feira, 25, aos edifícios, o director do Instituto Nacional de Habitação (INH), Silva Neto, informou que as obras de reabilitação das habitações vandalizadas terão início tão logo haja o acordo do Tribunal de Conta, para, posteriormente os apartamentos serem entregues aos beneficiários.
Silva Neto referiu que dada à situação, serão adoptadas metodologias de trabalho que previnem as áreas comuns e a rede técnica.
No encontro, alertou os potenciais facilitadores da ocupação ilegal de apartamentos que se assim o fizerem vão arcar com as consequências civis e criminais.
Por outro lado, o administrador do Fundo Habitacional, Adilson Souza e Silva, fez saber que serão feitas obras de reparação, essencialmente na reposição de alguns bens vandalizados, acreditando que após esses trabalhos técnicos a serem executados em quatro a cinco meses os apartamentos deverão ser entregues.