Greve no ensino superior: Secretáriogeral do sindicato e familiares denúnciam ameaças de morte

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O secretário-geral do Sindicato dos Professores do Ensino Superior (SINPES), Eduardo Alberto Peres e os seus familiares, denunciaram esta semana que têm sido alvo de ameaças de morte.

Segundo o sindicalista, Eduardo Alberto Peres, nesta segunda-feira, 10 de Abril, a sua residência, foi vandalizada por elementos desconhecidos.

Na sua página oficial do Facebook, Peres descreveu que “estávamos a trabalhar num piquete, em conformidade à lei da greve angolana, quando recebi o telefonema da minha filha a informar-me que ouviu um barulho estranho num dos quartos”.

Disse que, quando foram ver o que tinha acontecido se aperceberam que tinha sido quebrado o vidro do quarto. “De seguida, a minha filha recebeu uma mensagem que dizia ‘viram o susto que apanharam, da próxima vez vão morrer”, descreve o secretário-geral do SINPES.

Eduardo Peres Alberto deslocou-se até à esquadra, “os investigadores deslocaram-se a casa e constataram os factos. As nossas vidas correm perigo”, afirma.

As ameaças dirigidas aos dirigentes sindicais chegam através de mensagens telefónicas desde o passado dia 28 de Março. Nesse dia, “apresentámos denúncia na 3ª Esquadra – Vila Alice, onde o processo é o 207. Não podemos compreender por que razão, com os números de telefone, a polícia não chega aos autores”, questiona Eduardo Peres Alberto.

Os assaltantes exigem o levantamento da greve. “Exigem de mim, enquanto secretário-geral, o levantamento da greve, mas a greve não depende de mim”, defende.

Eduardo Peres Alberto esclareceu, ainda, não haver estudantes a protestar contra a greve, “o que se sabe é que o movimento dos estudantes angolanos vai protestar contra o silêncio do governo porque o sindicato defende a melhoria da qualidade do ensino superior em Angola.”

O Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior está em greve há mais de um mês e por tempo indeterminado. O SINPES exige salários condignos e seguro de saúde, reivindicações que têm merecido “um silêncio por parte do governo angolano”, aponta o secretário-geral do sindicato.

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