General “Paka” desmente António Faceira e confirma: “Bento Kangamba é mesmo general”

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O general Pacavira Mendes de Carvalho “Paka” afirma que, ao contrário do que foi dito pelo general António Faceira, Bento Kangamba, “é mesmo general” e seu contemporâneo das Forças Armadas Libertação Popular de Angola (FAPLA) e depois com o surgimento das Forças Armadas Angolanas (FAA), tendo desmentido as declarações do general Faceira proferidas à Luanda Antena Comercial (LAC).

Fonte: Club-K/RA

Em entrevista à LAC, António Faceira fez saber que “Bento Kangamba nunca foi general, foi transformado num general depois de ter sido tirado da cadeia”.

Para o general Pacavira Mendes de Carvalho “Paka”, que contraria tais argumentos, “se Bento Kangamba não general, então, a maioria que anda aqui também não é”, referindo-se por outro lado que “António Faceira é um complexado racial”.

“Eu conheço o Bento Kangamba desde o tempo da logística nas FAPLA e nas FAA, portanto, quando o Facera diz que o Kangamba não é general, e só é que é por quê?”, questionou Paka, para quem “o que é que o Faceira fez de relevante ao país para ser ele sozinho e os pretos não?”, voltou a interrogar-se.

Questionado sobre as motivações deste debate em ser ou não general do exercito angolano, a este portal Paka sublinhou que, “a ser assim todos nós temos que passar pelo crivo incluindo o João Lourenço, uma vez que todos nós temos um percurso e nos conhecemos”.

O general “Paka” contou que muitos desses “camaradas” ascenderam à categoria de general “com base em nepotismo”, porquanto, disse “havia discriminação racial entre as pessoas”, pois, segundo ele “se você não fosse da ala dos mulatos não conseguiria subir”.

De acordo com os depoimentos de Pacavira Mendes de Carvalho “Paka”, o cenário da “descriminação racial” no seio “castrense” mudou com a assinatura dos acordos de paz entre o Governo angolano e a UNITA, que “trouxe milhares de seus generais, facto que permitiu a abertura para nós entrarmos em massa, porque os mulatos nunca deixaram os pretos subirem”.

Entende que a aparição da UNITA “é o que forçou o MPLA a patentear as pessoas, mesmo assim uma boa parte não foi promovida nas Forças Armadas Angolanas (FAA), mas foram pela via do MPLA”.

Vida militar de Bento Kangamba

A vida militar de Bento Kangamba começou em 1974, na Escola Nzage, na província da Lunda-Sul, afecta a Região Militar do Leste do país.

Kangamba esteve na frente de combates como o dos “Heróis de Kangamba”, em 1983, e o combate do Longa, entre 1984 e 1985, onde na altura já ostentava a patente de Major, uma patente que poucos tinham na época, nos tempos do partido único, nas FAPLA.

Hoje, Bento Kangamba dedica-se a política como um dos mobilizadores de referência das comunidades e zonas periféricas. Apesar de ser já conhecido no ramo político, continua a investigar a evolução da área a nível nacional e do mundo.

Actualmente, Kangamba olha para as obras literárias: “Como fazer amigos e influenciar pessoas de Dale Carnegie” e “Como influenciar pessoas de Reinaldo Polito”, como as referências necessárias para a estratégia política necessária.

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