Garimpeiro da RDC assassinado por agentes da empresa de segurança “K&P” no Xá-Muteba

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Um homem que aparenta ter 40 anos, foi morto com dois tiros no peito na localidade de Kanvunji Kacomba, por supostos agentes da empresa de segurança privada “K&P”, no município de Xá-Muteba, província da Lunda-Norte.

Fontes no local avançaram a O Decreto que, “o crime” ocorreu por volta das 13h00 de quinta-feira, 1/10, quando a vítima, cidadão da República Democrática do Congo (RDC), identificado apenas por “Choqueiro” teria sido surpreendido por efectivos da empresa de segurança privada “K&P”, que protegem as minas de diamantes da empresa “LUMINAS”, que de acordo com os populares pertence a determinados generais angolanos.

“Choqueiro”, que residia arredores do bairro Kanzo, comuna de Cassanje Calucala, no Xa-Muteba, província foi morto com dois tiros no peito, segundo testemunhas, tendo o mesmo morrido no local.

“Um indivíduo chegou bem próximo dele e deu dois tiros no peito dele à queima roupa”, disse a fonte.

Após o sucedido, o segurança implicado no assassinato do cidadão congolês foi detido pelos seus colegas e posteriormente entregue à uma esquadra policial daquela parcela do Xa-Muteba.

As autoridades ainda não identificaram os familiares da vítima, bem investigações estão em curso por parte do SIC do município de Xá-Muteba, com vista a identificar as causas do assassinato do garimpeiro em causa.

O Decreto sabe que, o garimpeiro morto com disparos de arma de fogo, foi encontrado numa zona de garimpo, concretamente no Kanzo, numa divisão entre a empresa Sociedade Mineira do Cuango e a Lumina, supostamente a praticar o garimpo artesanal, em colaboração com a própria segurança da empresa “K&P”.

Dados em posse do O Decreto revelam que, maior parte dos cidadãos que fazem o garimpo artesanal naquele território da Lunda-Norte paga os agentes de segurança desta mesma empresa “K&P”, valores monetários que rondam entre os 100 a 300 mil kwanzas, para que sejam admitidos nas zonas de exploração de diamantes, para o trabalho de uma ou duas semanas.

“Terminado o prazo, o garimpeiro é obrigado a renovar o contrato pagando novamente os mesmos valores anteriores”, denunciam os garimpeiros.

A 8 de Setembro de 2014, efectivos da empresa privada de segurança K&P Mineira foram secretamente filmados a torturar dois garimpeiros, assestando-lhes com a face da catana nas nádegas e nas plantas dos pés.

Como se vê nas imagens, os garimpeiros são torturados num posto de observação da referida empresa, na comuna do Luremo, dentro da concessão diamantífera da Luminas.

Um dos torturadores trata, várias vezes, a sua vítima, um cidadão da República Democrática do Congo, como “cão de merda”, “vai morrer, cão de merda”. O garimpeiro implora “pardon [perdão]”.

Uma fonte policial do Comando de Xá-Muteba confirmou disse a este portal a corporação está a acompanhar o caso, pois o suspeito pelo cometimento do crime já está a contas com a justiça.

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