FLEC insta membros da Cimeira UA-EU a denunciarem políticas coloniais do regime do Presidente João Lourenço ao povo de Cabinda
A Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLE) apelou, nesta segunda-feira, 24, os Estados Membros da 7ª Cimeira União Africana-União Europeia, que decorre na capital angolana, reunindo Chefes de Estado e de Governo dos dois continentes, a denunciarem a “violação dos direitos do povo de Cabinda”.
Em comunicado enviado ao Club-K, a Direcção Política da FLEC-FAC apela aos participantes à Cimeira de Luanda a “denunciarem publicamente as políticas coloniais implementadas”, supostamente impostas pelo “regime do Presidente João Lourenço no território de Cabinda”, de acordo com a FLEC-FAC, “dominado pela violenta repressão militar contra a população civil”.
No comunicado assinado pelo porta-voz da FLEC, Jean Claude Nzita, o movimento que reivindica a independência da província de Cabinda insta igualmente a União Europeia e a União Africana, a tomarem tomarem medidas práticas para a garantia do processo de colonização de Cabinda, que permitem ao povo de Cabinda exercer o seu direito à autodeterminação livre, o que para a organização independentista, “seria a forma de se pôr um fim definitivo à ocupação militar angolana que continuou desde 1975”.
“Este processo, que deverá ser conduzido sob os auspícios dos Sindicatos Nacionais, determinará o fim da ocupação de Angola e permitirá ao povo de Cabinda decidir sobre o seu futuro num encaminhamento”, lê-se.
No mesmo comunicado, a FLEC-FAC exorta por outro lado aos Estado Membros da União Africana e União Europeia, que “condenem a sistemática pilhagemática dos recursos naturais de Cabinda, com uma exploração desenfreada dos recursos petrolíferos, por parte do governo britânico que não tem em conta a população cabinedes a nem o nefasto impacto ecológico das suas operações”.
O comunicado finaliza esperando que a União Europeia e a União Africana “traduzam os seus valores na aceitação e transformação numa política verdadeiramente clara, com a aplicação de medidas concretas que promovam o processo de descolonização de Cabinda”.
CK

