Ex-deputada do MPLA denuncia bloqueio da sua conta bancária no BPC por “ordem” da PGR

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A ex-deputada do MPLA, Welwitchia “Tchizé” dos Santos, denunciou nesta quarta-feira, 20, que uma das suas contas bancarias domiciliadas no banco estatal BPC está bloqueada por orientação da Procuradoria Geral da República, há mais de dois anos,  sem que a mesma tenha sido informada, no que considera ser uma violação contra os seus direitos constitucionais.

De acordo com o Club-K, que atribui explicações da mesma, divulgadas e partilhas a imprensa internacional, tomou conhecimento do sucedido em dezembro de 2021, quando tentou fazer uma operação de uma conta para outra, em cumprimento de uma ordem do Banco Nacional de Angola. Foi assim que soube que pesava sobre si,  um inquérito com o número 106/DNPCC/PGR-ING/20.

“Envio esta documentação ao Senhor Juiz, Vice-Procurador Paulo Jesus, que está a tratar o suposto processo PGR -106/DNPCC/PGR-ING/20 com cópia à imprensa internacional para que quiçá me possam ajudar a obter resposta da justiça angolana porquê que o banco 100% público ANGOLANO BPC e a Procuradoria Geral da República de Angola bloquearam as minhas contas bancárias em novembro de 2020, sem matéria para o fazer e quase dois anos depois não libertam as minhas contas bancária e nunca me notificaram”, lê-se no e-mail enviado as autoridades.

Em áudios partilhados nas redes sócias, a antiga dirigente do Comité Central do MPLA, questiona se a alegada perseguição política contra a sua figura deve-se por ser filha de José Eduardo dos Santos, numa fase que “meteram na cabeça que os filhos de Eduardo dos Santos vão dar dinheiro a UNITA, porque querem simplesmente destruir as pessoas”, tendo questionado  se os dirigentes do regime angolano,  “estão  a combater a corrupção ou estão a destruir o país”.

A antiga parlamentar denunciou ainda que foi contactada por pessoas que se apresentam como   próximas à Procuradoria de Angola  com o propósito de a pedirem dinheiro em troca de resolução do problema do encerramento da  conta bancaria no banco estatal. ‘Tchizé’ reafirma não ter cometido nenhum crime que justifique o bloqueio da sua conta bancaria no BPC.

Pelas redes sócias, partilhou documentos que atestam a origem dos seus fundos provenientes de serviços prestados por uma das suas empresas West Side que fora contratada pela TPA, há 12 anos.

A nível do regime as versões são desconexas. Uns alegam que a mesma é implicada por suposta suspeitas de “terrorismo”, ou “lavagem de dinheiro”. Uma mensagem atribuída a equipa do DIP do MPLA que ultimamente se dedica a desinformação nas redes sociais insinua que a sua antiga militante poderá pagar  jovens descontentes com o governo  para nas eleições roubarem as urnas eleitorais, junto com Marcolino Moco, Francisco Viana e outros quadros desavindos com a direção do partido no poder.

 

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