Direito de resposta: “Zito Comando” nega ser mandante dos disparos dos militares contra garimpeiros

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O artigo publicado no portal Rádio Angola intitulado “Cafunfo: Militares das FAA disparam a queima-roupa contra garimpeiros numa mina de diamante” tem gerado múltiplas reações.

Jordan Muacabinza | Cafunfo

Em resposta ao artigo publicado no dia 4 deste mês, o militar que está a ser acusado  fez divulgar a sua versão dos acontecimentos.

Apesar do direito de resposta não ter sido enviado directamente a Rádio Angola, tomamos conhecimento da sua reacção, por meio do soldado que está a ser acusado de ser o autor do disparado que atingiu a perna esquerda do garimpeiro.

Eis o Direito de Resposta:

O militar que está sendo acusado exerce o seu legítimo direito de resposta, nos termos do artigo 73.º n.º 1 da Lei 1/17, de 23 de Janeiro – Lei de Imprensa, face ao artigo  “Cafunfo: Militares das FAA disparam a queima-roupa contra garimpeiros numa mina de diamante” publicado pelo Portal Rádio Angola no passado dia 04 de Março.

1-O militar “Zito Comando”, não é responsável pelos disparos, nem pelo desaparecimento de dois garimpeiros, nem quando se fez disparos me encontrava no local do acontecimento, nessa altura me encontrava a mais de 4 metros do local do incidente, muito menos de ser promotor ou autor moral pelos distúrbios na localidade de Lufuca, conforme alega a informação do portal Rádio Angola.

2-Quando aos disparos, no local do Lufuca, havia militares de civis, mas armados quem os pôs lá?, eu levei a minha tropa no sentido de manter área mais protegido tendo em conta estamos perante a operação transparência, e não seria bom que zona fosse invadida pelos garimpeiros, e não só,  o que mais me estranha é o facto de garimpeiros e alguns detratores terem me  apontado de ser o autor pelo disparos  que na invasão resultou pelo desaparecimentos de dois garimpeiros, disto não reconheço em momento algum que disparei contra um homem de 44 anos, nem tive a mínima idéia de apoderar-se da zona em conflito, e isto entendo de ser  mau entendido das pessoas que lutam a todo custo manchar o meu nome e das Forças Armadas Angolanas como já foi noticiado.

3-Quanto à questão de garimpeiros, tão logo se aperceberam que viria militar para dispersar garimpeiros na área, aí cada um dos garimpeiros fugiu da sua maneira, e já o jovem que atendia pelo nome de António Paulo Kimuya de 18 anos, na tentativa de fugir, este morreu afogado no rio Cuango; enquanto ao Jovem Jacinto Jonasse, aparentemente 36 anos, este garimpeiros estava completamente embriagado, este tinha em posse uma barra de mina (instrumento de garimpo), com uma sacola de peixe, pelo descuido da embriaguez o garimpeiro tendo escorregado na ponte e caiu contra uma pedra a escassos centímetros do rio Cuango este quando lutava pela vida, acabou por ser levado pelas correntezas das águas.

Entretanto, nem na altura em que estes cidadão circulavam não estavam sendo corridos, mas sim cada um dos garimpeiros saiu da zona livremente, e como alguns continuam na referida zona de garimpo a efectuar suas actividades normalmente.

Radio Angola

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