“Diamantes explorados nas Lundas por João Lourenço devem beneficiar os habitantes desta região”, defende activista Jordan Muabinza

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O activista cívico, Jordam Muacabinza, pensa que, ao contrário da actual realidade, os diamantes que são explorados diariamente na região leste de Angola, devem beneficiar a sua população, que segundo o activista, passa por necessidades extremas, devido a elevada pobreza e miséria no seio das famílias.

Rádio Angola

Para o também defensor dos direitos humanos, o Executivo Angolano não pode lucrar com os dinheiros vindos na venda de diamantes empobrecendo milhares de famílias nas lundas.

“Diamante é uma dádiva que Deus ofereceu aos habitantes do Leste de Angola, ninguém pode se apoderar dessas riquezas, pois, verifica-se pobreza extrema, fome no seio das populações dessas áreas engajadas, nota-se ausência de estradas asfaltadas, hospitais, escolas técnicas profissionais e outros serviços básicos”, disse.

Jordan Mucabinza entende que o Presidente João Lourenço “não pode cometer os mesmos erros tal como no tempo do falecido José Eduardo dos Santos”, realçando que, durante a sua administração, o então Chefe de Estado havia arquitectado “leis ameaçadoras para quem tentasse tocar nos diamantes, corria o risco de perder a vida”.

Segundo o activista “essas empresas, na sua maioria pertence às elites angolanas, que nada fazem para melhorar as condições básicas sociais das populações”, disse Muacabinza, que lembrou que JES “enriqueceu ilicitamente os seus familiares e outras pessoas próximas a si, criando fortunas no exterior do país, empobrecendo deste modo milhões de angolanas, mas hoje deixou tudo e está à espera do dia do juízo final”, sublinhou.

“Por isso, apelamos ao presidente João Lourenço a cometer os mesmos erros do passado, porquanto, os diamantes têm de beneficiar todos angolanos de Cabinda ao Cunene e do Mar ao Leste”, acrescentou.

Entretanto, o cidadão Francisco Adolfo, ouvido pela Rádio Angola, disse que “desconhece por onde são levados os diamantes explorados na região das Lundas”, salientando “quem sabe o destino desses milhões é o governador, Ernesto Muangala, o Presidente da República, João Lourenço e o seu Executivo”.

“Essa província durante os 15 anos do consulado de Muangala, já devia ter um brilho conforme a sua garantia em 2008, quando foi apresentado ao povo da Lunda-Norte, mas não se verifica melhorias das condições sociais das populações”, afirmou.

A província da Lunda-Norte, continua a surpreender o país e o mundo, através das várias pedras encontradas nas minas de diamantes, com realce a mina do Lulo, localizada no município de Capenda-Camulemba, durante ainda este ano, produziu e continua a produzir pedras poderosas, mas os habitantes continuam a morrer da fome, a falta de água potável, energia Elétrica, saneamento básico e sem falarmos de hospitais anda sem medicamentos.

Jordan Muacabinda disse que “neste consulado do Presidente João Lourenço, a província da Lunda-Norte, produziu pedras maiores em relação aos anos anteriores, a saber: “A pedra de diamante pesou 147,25 quilates que tinha sido apreendida no passado dia 7 de Setembro, em posse de cidadão nacional em plena via pública, no bairro Bala Bala, município do Cuango, avaliada em mais de sete milhões de dólares americanos”.

Acrescentou que “a mina do Lulo descobre diamantes raros, e Lulo é ainda a fonte dos cinco maiores diamantes encontrados em Angola, quatro destes com mais de 200 quilates; A concessão do Lulo recuperou dos dois maiores diamantes registados em Angola, sendo o maior deles a pedra de 404 quilates conhecida por pedra 4 de fevereiro, (cor-de-rosa) entre outras pedras a que não mencionamos, a questão que se coloca é, com a venda dessas pedras o que é que o Executivo angolano tem feio ou fez em prol das populações das Lundas?”, questionou.

Radio Angola

Radio Angola aims to strengthen the capacity of civil society and promote nonviolent civic engagement in Angola and around the world. More at: http://www.friendsofangola.org

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