Delegações estrangeiras dizem-se ameaçadas pelo SINSE

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Fonte: Club-k.net

Luanda – As delegações estrangeiras que se deslocaram a Angola esta semana para participar na conferência internacional da IDC (Internacional Democrata Centrista), em Benguela, denunciaram terem sido alvo de ameaças por parte do Serviço de Inteligência e Segurança de Estado.

De acordo com as denúncias, “o serviço secreto de Angola e o governo provincial informaram que nenhum estrangeiro está autorizado a participar em eventos políticos”, numa aparente referência a um comício alusivo ao 59.º aniversário da UNITA, que decorre em paralelo ao evento da IDC.

As delegações relataram terem sido interrogadas e pressionadas a fornecer os nomes das pessoas que participariam no comício da UNITA. Sentindo-se intimidadas, afirmaram: “Estamos relutantes em colocar alguém em perigo ou expô-los a prisão.”

Os participantes estrangeiros começaram a chegar ao país entre quarta e quinta-feira. Desde o início, as autoridades exigiram que não participassem em atividades políticas. O antigo candidato presidencial de Moçambique, Venâncio Mondlane, que chegou num voo proveniente da África do Sul, foi impedido de entrar no país e deportado após duas horas. Já os antigos presidentes do Botswana, Ian Seretse Khama, e da Colômbia, Andrés Pastrana Arango, bem como o antigo Primeiro-Ministro do Lesoto, Moeketsi Majoro, foram inicialmente retidos no aeroporto durante cerca de oito horas antes de serem autorizados a entrar. Contudo, queixaram-se de maus-tratos e anunciaram que regressariam voluntariamente aos seus países assim que encontrassem voos disponíveis.

A conferência, organizada pela IDC com o apoio da UNITA, contou com o patrocínio da Benthurst Foundation, da Fundação Konrad Adenauer e do World Liberty Congress. A IDC, da qual a UNITA é membro, realiza este evento anualmente em diferentes países, tendo escolhido Angola para a edição deste ano.

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