Congresso da UNITA: Soma e Segue – Reconhecimento do Exercício Democrático – Jorge Van-Dunem

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Quero, em primeiro lugar, parabenizar a UNITA pelo exemplar exercício democrático  demonstrado no seu congresso.  Dirijo as minhas felicitações ao Engenheiro Adalberto Costa Júnior pela vitória alcançada e pela confiança renovada dos seus militantes ao elegê-lo Presidente. Que  esta nova etapa seja marcada por diálogo, responsabilidade e compromisso inabalável com o bem-estar de todos os Angolanos.

 O Valor do Pluralismo Interno

Aproveito para congratular o candidato Rafael Massanga Savimbi, cuja dedicação,  força e determinação dignificaram o processo Democrático e de Direito do partido. A sua participação ativa contribuiu para o engrandecimento do debate e reforçou o  valor do pluralismo interno. Este processo serve de aula e escola para aqueles que,  nos seus congressos, insistem em apresentar um único candidato, demonstrando a  vitalidade da democracia interna na UNITA.

 Um Acto Histórico de Convergência

É de extrema relevância a presença da Veneranda Juíza Conselheira do Tribunal  Constitucional, bem como de altas figuras do MPLA e da oposição. O facto de terem  reconhecido a magnitude do evento e de se terem feito presentes é um ato histórico,  pois nunca antes na história de Angola tal convergência se verificou.

A presença de figuras tão proeminentes é a prova de que a UNITA se está a consolidar  como uma força capaz de transformar Angola, concretizando o sonho dos ideais Pan Africanistas.

 Crítica ao Comportamento do Dr. Abel Chivukuvuku

É lamentável o comportamento do Dr. Abel Chivukuvuku, que abdicou de forma ardilosa e  estranha da sua participação neste magnífico evento, um marco na história de Angola  e da oposição. A tentativa de desviar as atenções do povo é um ato condenável e não  se coaduna com a ambição de ser a segunda força política em Angola.

Cumpre recordar que, aquando da difícil situação em que se encontrava, com a  negação da legalização da sua formação política (PRA-JÁ Servir Angola), foi a UNITA,  na pessoa do Engenheiro Adalberto Costa Júnior, quem o socorreu. Hoje, ao demonstrar ingratidão, o Dr. Chivuco revela uma perigosa falta de memória política.

Gostaria de lhe dizer que: A Política é uma Ciência Perigosa. Tarde ou cedo, ele se  arrependerá dos atos e artimanhas que tem vindo a praticar. Não se pode comer no  prato onde já se cuspiu; na política, tal atitude é extremamente perigosa.

  1. Apelo à Unidade Nacional e à Responsabilidade Política

A análise deste congresso, que demonstra a vitalidade democrática e a capacidade de  convergência, deve servir de ponto de partida para uma reflexão mais profunda sobre o destino da nossa nação.

 O Legado e a Responsabilidade Histórica

Olhamos para a história do nosso continente e recordamos o sacrifício dos nossos pais fundadores, os grandes líderes pan-africanistas que lutaram por uma África unida e independente. Muitos deles pagaram com a própria vida, vítimas de assassinato, para que o sonho da autodeterminação se concretizasse. O seu legado não é apenas de luta pela soberania, mas de uma visão de unidade que transcende fronteiras e divisões internas.

É imperativo que os nossos dirigentes de hoje honrem essa memória. A política não pode ser um palco de vaidades ou de interesses mesquinhos; deve ser um ato de serviço e humanidade. O legado que deixamos não será medido pelo poder que exercemos, mas pela esperança que conseguimos reacender no coração do nosso povo.

A Urgência da União Nacional

Angola é uma nação rica, não apenas em recursos, mas na diversidade do seu povo. A  nossa força reside na união que se estende de Cabinda ao Cunene.

É inaceitável que o tribalismo continue a ser uma ferramenta de divisão. Essa chaga  histórica deve ser erradicada. Somos todos angolanos, unidos por um destino comum e por uma bandeira. A verdadeira liderança é aquela que abraça a totalidade da nação, que rejeita a separação e que constrói pontes onde o ódio e a desconfiança tentam erguer muros.

 O Desafio da Juventude e a Crise de Credibilidade

Não podemos ignorar a realidade dolorosa que atinge a maioria dos nossos concidadãos. Milhares de jovens, o futuro da nossa nação, enfrentam o desemprego e a falta de oportunidades. A fome persiste em muitas comunidades, minando a dignidade humana.

Esta realidade gera uma profunda falta de fé e credibilidade na classe política. Quando a esperança se esvai, a nação enfraquece. Os nossos políticos têm o dever moral de ser um exemplo de integridade, transparência e dedicação. Devem ser a prova viva de que a governação é feita para servir o povo, e não para servir a si próprios.

Conclusão: Um Apelo à Alma Angolana

Este é um apelo que deve tocar as almas de todos, sem exceção. Não é um apelo partidário, mas um clamor pela Angola que merecemos. É tempo de a classe política se erguer acima das disputas e focar-se no essencial: Emprego para a juventude, Pão para as famílias e  Justiça para todos.

Que a nossa união seja a resposta mais forte à adversidade. Que a nossa humanidade seja a bússola que guia as decisões. Que a esperança, por vezes adormecida, se acenda novamente em cada lar, em cada província, Por uma Angola unida de Cabinda ao Cunene.

Com elevada consideração,

Dr. Jorge de Castro Van-Dunem “Patriarca Do Povo

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