Comandante Provincial da Polícia em Luanda acusado de ordenar detenção de camponesas da “Konda Marta”

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Mais de 20 camponesas da empresa “Konda Marta” estão detidas na Esquadra da Polícia da Vila Kiaxi, no município do Talatona, em Luanda, alegadamente a mando do comissário-chefe, Francisco Ribas, comandante provincial de Luanda.

Em causa está o litígio de terrenos na zona do 11 de Novembro, no Distrito Urbano da Cidade Universitária, entre camponeses e altas figuras da Polícia Nacional (PN) e das Forças Armadas Angolanas (FAA).

As autoridades intensificaram a “perseguição” contra os camponeses da empresa “Konda Marta”, nos últimos dias, após a comunidade que vive em condições não dignas ter recebido dirigentes da UNITA, com destaque ao seu grupo parlamentar, que na passada sexta-feira, 15, doou diversas toneladas de bens de primeira necessidade às famílias carenciadas.

As camponesas foram detidas na manhã de domingo, 17, quando tentavam impedir as obras de vedação do terreno que dizem ser sua propriedade, mas que foi supostamente usurpado pelos oficiais da Polícia Nacional, tendo a testa Joaquim do Rosário, comandante do Talatona.

Inicialmente,  tinham sido detidas 50 senhoras, incluindo idosas, mas posto na Esquadra policial, as demais foram colocadas em liberdade, mantendo na unidade 23 camponesas.

A operação orientada pelo subcomissário Joaquim do Rosário que “obedeceu a ordem superior” do comandante da Polícia em Luanda, Francisco Ribas, foi liderada pelo intendente João Mufuma, comandante da Esquadra da Vila Kiaxi.

O porta-voz dos camponeses, Daniel Neto disse que se trata de “abuso do poder” por parte do comandante Francisco Ribas, a quem acusa de ter interesse no terreno.

Recentemente, o director da empresa Daniel Neto divulgou uma lista supostamente do Instituto Geográfico e Cadastral de Angola (IGCA), com nomes de figuras e instituições que alegadamente se beneficiaram de terrenos de camponeses, onde inclui o nome do ministro do Interior, Eugénio Laborinho.

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