Cafunfo: Activista e colaborador da Rádio Angola volta a denunciar novas ameaças de morte
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Continuam as perseguições e ameaças de morte contra o activista e colaborador da Rádio Angola, portal afecto à organização não-governamental “Friends of Angola”, com sede em Washington DC, Estados Unidos de América (EUA), Jordan Muacabinza, residente na vila mineira de Cafunfo, município do Cuango, província da Lunda-Norte.
Rádio Angola
A denúncia é do também defensor dos direitos humanos, Jordan Muacabinza, que em entrevista a este portal, disse que “as perseguições e ameaças de morte são de indivíduos ainda não identificados”.
Jordan Mucabinza entende que, essas pessoas não identificadas, se sentem incomodadas com o seu trabalha sobre a defesa dos direitos humanos na região leste do país, com denuncias de assassinatos de civis nas zonas de exploração de diamantes.
Muacabinza é um acérrimo defensor de direitos humanos, destacado em denúncia de matérias de assassinatos de civis nas minas de diamantes, que há 18 anos vem exercer essa actividade em regime voluntário, e é um dos activistas trabalhou com o jornalista, Rafael Marques de Morais, em investigações que resultaram em livros, como: “Lunda as Pedras Morte”, “Operação Kissonde”, “Diamantes da Humilhação e da Miséria”, “Diamantes de Sangue”, “Tortura e Corrupção em Angola”, e “Revolta Magia e Miséria em Cafunfo”, enquanto colaborador do portal “Maka Angola”.
O activista contou ainda que, no mês de Agosto, pouco antes das Eleições Gerais de 24 de Agosto, ficou detido por algumas horas e ameaçado de morte por agentes da Polícia Nacional do posto policial do bairro “Bala-Bala”, arredores de Cafunfo, numa altura em que defendia um jovem supostamente espancado por efectivos da corporação.
“Essas ameaças não são de hoje, mas nos últimos dias, aumentaram devido as denúncias que tenho feito sobre assassinatos de (cidadãos) garimpeiros nas zonas de exploração de diamantes, pelas empresas de elite angolana, nomeadamente: Alfa-5, Teleservice, Bikuar, Kadyapemba, bem como praticado pelos agentes de defesa e segurança do Estado”, disse.
Reafirma que, “enquanto cidadão angolano tenho o dever e o direito de denunciar estes casos que visa sujar a imagem do governo Angolano dentro e fora do país”, porque, disse “se não denunciamos as más práticas indecorosas estaremos a colocar mal a imagem de Angola a nível internacional”, acrescentando que “os prevaricadores devem ser denunciados sempre com vista a se garantir as liberdade fundamentais dos cidadãos de Cabinda ao Cunene”.
Apesar das ameaças, Jordan Muacabinza afirma que “vou continuar a fazer o meu trabalho em nome de Direitos Humanos, pois, não posso me inibir com essas ameaças de morte, porque nós dos direitos humanos não somos uma ameaças, mas sim somos parceiros de Estado em busca da melhor solução e boa convivência para o nosso país”.
O activista apela aos órgãos de defesa e segurança do Estado a garantir a sua protecção e ajudar na investigação dos indivíduos para que sejam responsabilizados.