BUSF manifesta indignação à Polícia Nacional por travar acto protocolar em Luanda

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A organização de Bombeiros Unidos Sem Fronteiras–CPLP, manifestou o seu descontentamento pela acção protagonizada pela Polícia Nacional, no dia 20 de Maio, no aeroporto doméstico, em Luanda, contra os seus membros, que pretendiam realizar um acto protocolar para a recepção do seu líder, Flávio Domingos Canhongo, vindo da província do Huambo em missão de serviço.

O Comandante Nacional da Força Tarefa para Emergência da organização de Bombeiros Unidos Sem Fronteiras (BUSF), da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Fávio Domingos Canhongo, disse em conferência de imprensa que, depois de ter trabalho na província do Huambo, onde desenvolveu várias actividades filantrópicas, com destaque para acções que garantem o emprego as pessoas, na sua maioria jovens que conseguiram o seu primeiro emprego, os associados da BUSF, se dirigiram na manhã do dia 20 de Maio, no aeroporto doméstico, com o objectivo de receber a comitiva, mas para o seu espanto os membros foram impedidos por efectivos da corporação.

O responsável dos BUSF revelou que, a organização que funciona sem fins lucrativos, tem desempenhado um papel importante junto das comunidades carenciadas com a distribuição de bens alimentares, água potável, instalações de serviços e não só, o que na visão do comandante da organização de Bombeiros Unidos Sem Fronteiras-CPLP, ajuda o Governo na resolução de algumas dificuldades que afectam as populações do país.

“Vimos manifestar o nosso repúdio à actuação dos efectivos da Polícia Nacional, que à ordem do comandante Provincial de Luanda, por impedirem o acto protocolar de recepção do comandante da nossa organização, junto do aeroporto doméstico, com o fundamento de que não foram comunicados”, o que segundo os Bombeiros Sem Fronteiras, “não corresponde com a verdade”.

Em carta endereçada ao Governo Provincial de Luanda (GPL) ofício nº355-CNFT.BUSF-ANGOLA/2023 e ao Comando da Polícia Nacional em Luanda (CPLPN) ofício nº355CNFT.BUSF/2023, a organização Bombeiros Unidos Sem Fronteiras-CPLP, informou com antecedência as autoridades (15 dias antes do ano), tendo em conta a moldura humana que se previa, o asseguramento da recepção de delegação do BUSF por parte da Polícia Nacional (PN).

“Infelizmente o Comando Provincial se fez de mundo, não se pronunciou, ignorando completamente a nossa pretensão, facto que constitui violação ao direito de resposta consagrado na Constituição da República e na lei”, lamentou Flávio Domingos Canhongo.

No dia 20 de Maio, ao invés de garantir a segurança dos associados, tal como era pretensão da direcção do BUSF, o Comandante Provincial de Luanda da Polícia Nacional, enviou no local (aeroporto doméstico) um contingente de homens armados constituídos por efectivos da Polícia de Intervenção Rápida (PIR) e de Ordem Pública (OP), que “impediram com ameaças, intimidações e se possível matar”, disse.

Segundo o Comandante dos Bombeiros Unidos Sem Fronteiras-CPLP, é uma medida que o compromisso de diálogo e cooperação assumidos em audiência pública recente com o secretário de Estado para o Asseguramento Técnico do Ministério do Interior (MININT), em representação do titular da pasta, Eugénio Laborinho, bem como com o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros (SPCB), Ministério da Justiça, Governo Provincial de Luanda e demais instituições do Estado em documentos oficiais.

Para Flávio Domingos Canhongo, que exige a reparação de possíveis danos provocados pelos agentes da ordem, sublinhou que “o posicionamento unilateral do Comandante Provincial de Luanda, Francisco Ribas, revela excesso de autoritarismo e representa um flagrante retrocesso na vivência democrática em construção no país”.

Os Bombeiros Unidos Sem Fronteiras-CPLP apelam à intervenção do Comandante Geral da Polícia Nacional “no sentido de restauração e manutenção das boas relações de cooperação, pois que, somos todos filhos da mesma pátria”.

“Oportunamente, desejamos requerer uma audiência com a sua excelência, para efeitos de cooperação e promoção de melhor ambiente de trabalho com os órgãos da Polícia Nacional, face à implementação da figura  dos Bombeiros Voluntários em Angola (BVA)”, lê-se na nota.

Radio Angola

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