Benguelenses voltam a exigir destituição de Rui Falcão
Fonte: OPAIS
Um grupo de cidadãos da cidade de Benguela marcha pela segunda vez em pouco menos de um mês. Eles dizem estar agastados com a actual governação e exigem a destituição de Rui Falcão, por alegada má gestão do erário.
Um grupo de cidadãos benguelenses prometeu voltar a manifestar- se amanhã, nas ruas da cidade de Benguela, contra a corrupção e pela destituição do governador provincial, Rui Falcão. Segundo os organizadores do protesto, a manifestação surge com o objectivo de forçar um “combate à corrupção” sério e rigoroso, sendo esta a bandeira do programa eleitoral do Governo de João Lourenço sufragado nas urnas.
Acrescentam que a actual governação de Benguela, sobre égide de Rui Falcão, denota casos de má gestão da coisa pública Livulu Prata, um dos signatários da carta entregue às autoridades sobre esta manifestação e oseu suporte legal, afirmou que estão a insurgir-se contra o Governo para pôr cobro à alegada má gestão da coisa pública que se regista na província. Entretanto, estes protestos surgem um mês depois de os mesmos cidadãos terem realizado uma acçao idêntica e pelos mesmos motivos.
Naquela ocasião, o grupo de cidadãos revelou que a província de Benguela passa por episódios dramáticos, tanto a nível social, principalmente, como económico, facto que leva uma camada da sociedade civil organizada a concluir que a “culpa” é de Rui Falcão.
Cientes de que Angola está imersa em problemas, os manifestantes diziam, naquele mesmo período, conhecer Benguela e suas características, logo, o actual governador, para além de não estar à altura, tem prejudicado a província com a sua “não governação”,acusaram. Na Declaração Pública que terá sido enviada também à Presidência da República, os subscritores enunciam que “o silêncio e falta de vontade para governar é o que nos preocupa”, pois “a província está totalmente abandonada”
Polícia detém manifestantes
Sete jovens activistas cívicos estão detidos desde Terça-feira, 02, na cidade portuária do Lobito, alegadamente por se manifestarem “pacificamente” defronte da Administração local. Os jovens detidos pela Polícia Nacional, sob acusação de terem cometido crimes de desordem pública e arruaça, serão julgados sumariamente pelo Tribunal de Comarca da “cidade dos flamingos”, amanhã, 72 horas depois da detenção, limite imposto pela lei.
Os jovens foram detidos pela Polícia quando protestavam defronte da Administração Municipal, exibindo cartazes com inscrições como: “Sem água não há vida”. Segundo um deles, o motivo do escrito reside no facto de, alegam, estarem privados deste serviço (fornecimento de água) há mais de um mês. O julgamento sumário já foi adiado uma vez, desde Terça-feira ultima, quando os cidadãos foram detidos, e já passaram 3 noites na cadeia do Bairro do Liro, zona alta do município, contou o activista Livulu Prata, que acompanha o processo de perto.
Os advogados do caso queixavam- se das dificuldades impostas pelas autoridades no acesso ao processo, soube OPAÍS no local
Polícia com mais um inquérito em mãos… que aguarda resultados
Sobre outro caso noticiado pelo OPAÍS, envolvendo forças policiais lobitangas, em que se acusam agentes da 4ª Esquadra de terem espancado um carpinteiro detido a 13 de Junho, falecendo 48h depois, não há avanços.
A autópsia feita confirmou que o motivo da morte foram “lesões traumáticas no crânio”, fruto de “agressões físicas”, portanto, a família espera que as autoridades associem o crime aos praticantes, que acusam serem agentes policiais. Passadas mais de duas semanas de inquérito, o superintendente Francisco Tchango declarou que as investigações ainda decorrem, não havendo novidades e que, quando as houver, a Polícia emitirá um relatório sobre a morte de Francisco Capingãla.