Associações juvenis denunciam promessas não cumpridas por João Lourenço

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Por VOA

Várias organizações juvenis angolanas, tanto dos partidos políticos como da sociedade civil, dizem-se agastadas com a falta de cumprimento das promessas feitas pelo Presidente João Lourenço em relação à habitação para jovens.

Elas afirmam que é tempo de os jovens terem casa própria.

Agostinho Kamwango, secretário-geral da JURA, o braço juvenil da UNITA, falando também em nome das demais outras organizações partidárias, condena a falta de cumprimento das promessas feitas por Lourenço durante a campanha eleitoral.

“O senhor Presidente fez uma promessa em 2017, há três anos, e o que prometeu não foi cumprido, nós vamos instar o Conselho Nacional da Juventude a que nos esclareça o que de fato está a acontecer”, afirma Kamwango, quem considera que a situação da juventude de uma maneira geral agudizou-se em função do desemprego que continua a aumentar.

“Há muitos jovens que se casam mas continuam a viver em casa dos pais porque não têm onde morar, o desemprego que afeta a juventude impede os jovens de arrendarem uma casa, ou não há vontade política de o fazer ou então está-se à espera das eleições para se fazer outras promessas”, conclui aquele líder juvenil partidário.

O Movimento de Estudantes de Angola (MEA) também associa-se às preocupações das organizações juvenis partidárias.

Para o seu líder, Francisco Teixeira, “é incompreensível que uma oferta feita pelo Presidente da República leve anos a ser efetivada”.

Ele confirma ter participado em várias reuniões, incluindo com o Ministério da Habitação, sobre o assunto, mas conclui que “os governantes não são sérios, há residências livres, e por isso eu não tenho esperança que se resolva este problema”.

“Os nossos governantes não são sérios, são comerciantes e kandongueiros”, remata.

A habitação para jovens foi uma forte bandeira levantada por João Lourenço durante a campanha eleitoral.

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