Antigo funcionário do BFA acusa instituição de não pagar indemnização de 161 milhões de kwanzas
O Banco de Fomento Angola (BFA) está a ser acusado de não pagar 161 milhões de kwanzas de indemnização a um funcionário, que alegou ter sido despedido injustamente por suposta caducidade de contrato de trabalho.
Marcelina Kanda
Trata-se do cidadão Carlos Simões, que revelou à Rádio Angola que foi funcionário do BFA durante onze anos, e contou que tudo começou após a morte do seu pai em Portugal, ocasião em que Carlos Simões se viu obrigado a pedir dispensa ao serviço para enterrar o progenitor.
Descreve que, um dia depois do funeral recebeu um telefonema do Banco de Fomento de Angola (BFA) a informar que já não fazia parte do quadro de funcionários daquela instituição bancária.
Questionando sobre a decisão que tinha sido tomada, o antigo funcionário disse que o BFA alegou na altura que se tratava de questões de caducidade de contrato.
O cidadão Carlos Simões, afirma que a Administração Geral do Trabalho (AGT) tem conhecimento do caso.
Entretanto, documentos da AGT que o portal Rádio Angola teve acesso, atribuem a razão ao queixoso, mas o antigo funcionário do BFA lamenta que nada se resolve, pois o caso continua arquivado no Tribunal de Trabalho sem qualquer solução a vista desde o ano de 2021.
O lesado promete regressar a uma segunda greve de fome nos próximos dias, em Portugal, sua terra natal, em frente à Embaixada de Angola.
Em consequência deste acto, o BFA retirou do funcionário a casa e a viatura, meios atribuídos deixando ao relento uma família que inclui quatro crianças (filhos legítimos) e outras duas (adotivas).
Carlos Simões disse que vai iniciar a greve de fome, a partir desta segunda-feira, 3 de Abril, pelas 7h00, em frente à sede do BFA, em Luanda. “Mudei de planos, pois a minha família e filhos querem estar comigo, pelo que não podia os abandonar”, garantiu.
Este portal tudo fez para ouvir a direcção do Banco de Fomento Angola (BFA), mas sem sucesso.
A Rádio Angola recebeu também uma denúncia de um cidadão, que supostamente foi burlado mais de um milhão de kwanzas, sendo que o caso está em tribunal, mas sem o andamento do processo.
“Presume-se que, nestes casos o BFA, tem corrompido juízes no tribunal de trabalho”, disse a fonte.