Advogado Sebastião Assurreira diz-se confiante na decisão final do julgamento movido por “Dino Matross”
Sebastião Assurreira, advogado da associação de camponeses “Ana Ndengue” manifestou-se confiante no desfecho do processo movido pelo general Julião Mateus Paulo “Dino Matross”, antigo deputada à Assembleia Nacional e secretário-geral do MPLA.
O causídico começou a ser julgado no Tribunal de Comarca de Luanda no dia 13 deste mês, na 6ª Secção dos Crimes Comuns, acusado de crimes de calúnia e difamação supostamente proferidos em 2020.
No entanto, o causídico mostrou-se surpreso por responder estes crimes que, no entanto, já foram amnistiados pelo Presidente da República João Lourenço em 2022.
O advogado estranha o facto de o tribunal dar provimento ao assunto mesmo sabendo que o mesmo consta da Lei da Amnistia.
“A juíza entendeu dar continuidade deste processo na quinta-feira,13, e infelizmente não consigo perceber por quê? Se uns estão a ser arquivado, como o meu está em andamento?”, questiona.
O agora arguido diz não temer da queixa-crime, com certeza que no final a verdade será trazida ao de cima.
“Sempre disse supostamente. Nunca evoquei nome da filha nenhuma do senhor Dino Matrosse. As denúncias que fiz e continuou a fazer são reais e nada tenho a temer”, avisou.
Sebastião Assureira disse ter sido ameaçado de morte, no seu gabinete, por pessoas que invocaram o nome do general Dino Matrosse.
“São essas as denúncias que fiz sobre a suposta envolvência senhor Dino no terreno em litígio”, explicou.
Infelizmente, prosseguiu, o senhor Julião Mateus Paulo “Dino Matrosse” abriu um processo-crime.
O advogado suspeita que o objectivo é afastá-la do processo litigioso entre a associação “Ana Ndengue” e a cooperativa “Lar Patriota”, visto que tem sido muito interventivo.
Sebastião Assureira diz ter testemunha do que falou e que o próprio queixoso tem consciência que de foram às próprias camponesas quem o solicitaram para mediar o assunto do terreno.
O arguido diz estar calmo e que não irá desistir de defender as indefesas da “Ana Ndengue”.
Já o queixoso, Julião Mateus Paulo “Dino Matrosse”, disse sentir-se muito ofendido e DIFAMADO pelo advogado, por isso apresentou uma queixa-crime.
Não gostei de ver o meu nome difamado daquela forma. Tenho 80 anos e nunca foi tão distratado por um advogado neste País, como tenho vendo a ser por este”, contou o também político do MPLA.
Importa referir que o litígio entre associação “Ana Ndengue” e a cooperativa “Lar Patriota” apenas espera por uma decisão judicial, mas os camponeses estão confiantes num desfecho favorável.