Administradora de Benguela nomeia inspector da educação expulso por corrupção

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A administradora municipal de Benguela, Adelta Matias é citada vários círculos da província de ter supostamente violado as normas de contratação pública, ao nomear um inspector que foi expulso da função pública pela justiça por práticas de corrupção.

Eduardo Ngumbe | Benguela

Trata-se do secretário municipal da JMPLA em Benguela, Aniceto Jonas Lukamba Tchambata expulso do Ministério da Educação sem efeito suspensivo, alegadamente por práticas de corrupção que o mesmo levava a cabo em 2013, uma decisão tomada pelo então ministro Mpinda Simão e testemunhada pelo Nelson Joaquim da Conceição, director provincial da educação naquele período.

Conforme atestam os documentos em posse do O Decreto, Adelta Georgina Matias, que é igualmente 1ª secretária do MPLA na província das Acácias Rubras, na qualidade de administradora municipal de Benguela, nomeou no dia 5 de Setembro de 2020, Jonas Lukamba Tchambata, para o cargo de chefe de secção de inspecção escolar da direcção municipal da educação de Benguela.

Fontes deste portal asseveram que, os actos de corrupção praticados pelo cidadão Aniceto Tchambata, foram “minimizados” pelo partido a que milita daí a sua nomeação por orientação do 2º secretário do MPLA, Veríssimo Sapalo.

O novo responsável de secção de inspecção escolar da direcção municipal da educação de Benguela, Aniceto Jonas Lukamba Tchambata “é considerado gatuno primário”, uma vez que, lembram as fontes que temos vindo a citar, “pesavam sobre ele contingente várias acusações de práticas de corrupção, nepotismo, burla nos concursos públicos para o ingresso ao ensino médio e demais crimes que lhe valeram em sede de justiça, julgamento que deliberou o seu afastamento de exercer actividade pública”.

Segundo consta, a nomeação do militante não obedeceu a critérios de avaliação do (GPE) Gabinete Provincial de Educação, tão pouco a inspecção nacional foi tida em consideração.

“A nomeação ao cargo que revelou o corrupto Tchambata foi feita de forma unilateral”, disse uma fonte da administração municipal de Benguela, acrescentando que, “tal nomeação mereceu uma onda enorme de contestação por parte de directores de escolas”, que receiam por descrédito da actuação da inspecção face à indicação, que a comunidade escolar considera “ridícula”.

A fonte lembra que, em 2011, Aniceto Jonas Lukamba Tchambata, mesmo sabendo que Carlos Vasconcelos actual administrador do município do Lobito “é seu companheiro partidário”, foi-lhe cobrado duzentos mil kwanzas, que lhe permitiu fazer parte ao corpo docente do Ministério da Educação sem precisar passar pelo concurso público.

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