ACTIVISTAS MANIFESTAM-SE NA PORTA DO PARLAMENTO CONTRA VOTAÇÃO DO PACOTE LEGISLATIVO AUTÁRQUICO
Vários activistas pertencentes às organizações “Projecto Agir” e “Placa do Cazenga” agendaram para esta terça-feira, 13/08, uma manifestação na porta da Assembleia Nacional para impedir à aprovação em definitivo do Pacote Legislativo Autárquico, pois no seu entender “está eivado de vícios”.
Rádio Angola
A manifestação, de acordo com Fernando Sacuela Gomes, porta-voz dos activistas vai acontecer junto à porta principal de entrada dos deputados, no dia em que os parlamentares votam na globalidade o pacote de leis que devem conduzir as primeiras eleições autárquicas em Angola, previstas para o ano de 2020.
A oposição e o partido no poder estão cada vez mais “longe do entendimento” face ao modelo que poderá ser seguido quanto a sua implementação, uma vez que, o MPLA com a maioria na Assembleia Nacional, “não abre mãos” sobre o “gradualismo geográfico” que consistirá na escolha de um determinado número de municípios que poderão beneficiar das autarquias locais.
Os partidos políticos na oposição com o acento parlamentar contrariam a pretensão do Executivo suportado pelos camaradas e defendem que o processo deve abranger todo o território nacional, uma idéia que de resto é apoiar por vários círculos da sociedade civil angolana, incluindo os activistas do “Projecto Agir e Placa dói Cazenga”.
Entretanto, o grupo de activistas que se tem desdobrado nas comunidades em campanha de consciencialização sobre a importância das autarquias locais, não concorda com a aplicação do “gradualismo geográfico” nas autarquias do próximo ano.
O activista Fernando Sacuela Gomes argumenta que se trata de uma segunda manifestação convocada no sentido de despertar atenção das autoridades sobre a insatisfação da população.
“Na terça-feira, quando a Assembleia Nacional estiver a aprovar o pacote de leis das autarquias, nós os activistas estaremos na porta do parlamento em manifestação, contra os vícios que enferma o pacote legislativo autárquico”, disse Sacuela para quem “o protesto visa mais uma vez despertar aos deputados sobre o nível de descontentamento do povo e não pactuarmos com uma autarcização instrumentalizada”.