AINDA HÁ CONFLITO EM CABINDA
O importante é saber que o Chefe Estado Maior General das FAA reconhece que ainda existe conflito em Cabinda. Seja ele levado a cabo por grupos pequenos ou não, o conflito existe e quem o disse é ele. Lê-se na entrevista em anexo.
Não sou apologista de guerras, talvez por ter presente em mim marcas directas dela e por saber dos estragos que provocam nas sociedades humanas. Mas aqui terei de parabenizar a FLEC/FAC por ter resistido perante um dos melhores e maiores exércitos de África, às FAA, sem qualquer apoio internacional. Deus convosco!
Neste contexto, sou por meio desta publicação a informar que o problema da anexação de Cabinda à Angola não é apenas reivindicado por aqueles com arma na mão, mas sim, por TODO POVO DE CABINDA. E se a FLEC é a expressão mais alta dessas reivindicações, então todos Cabindenses são FLEC, com arma ou sem ela na mão. O sentimento de um direito usurpado em Alvor, de opressão e colonização, reside em cada Cabindense.
Portanto, eu quero concluir que o Senhor General referia-se ao pequeno povo de Cabinda (de menos de 1 milhão) que não representa perigo nenhum perante os 25 milhões do povo Angolano, quando falava de pequenos grupos que não representam ameaça a “paz”. Mas não se esqueça que “a força da razão nunca será vencida pela razão da força”.
Enganam-se ao pensarem que com as armas silenciarão o grito dos Cabindenses. Este povo deve ser ouvido por meio de um diálogo franco e inclusivo para que a paz seja um facto.