PROCURADOR JOÃO MARIA DE SOUSA VOLTOU A FUGIR
A sessão de hoje começou previamente com a leitura do requerimento apresentado pelo advogado do ofendido (ex. procurador João Maria de Sousa) na qual se apresenta o estatuto de jubilado como subterfúgios para não comparecer na área de jurisdição da simpática juíza Jorgina Falcão. A defesa do ofendido ao abrigo dos artigos 216º e 219º do código de processo penal, este último sobre “pessoas inquiridas na residência” e dos artigos 624º e 626 do código de processos civil, conjugado com a lei 38/144/12.
Texto de Hitler Samussuku | no Facebook
Surpreendentemente, neste país ninguém conhece a casa do ex. procurador, razão pela qual o tribunal entendeu não notificar ofendido, mas não deixou de notificar o seu advogado. Nesta senda, o advogado pediu diante da juíza para que o ex. procurador fosse ouvido na PGR, ou seja, lá onde o senhor mandava e descomandava, onde poderá se sentir como um peixe na água, longe dos juízes assistentes, longe dos jornalistas e bem longe dos assistentes, apenas com a juiza, os advogados e os réus Mariano Brás e o Rafael respectivamente. Para quem esperava ver e ouvir Rafael Marques a esfregar na cara do suposto procurador jubilado de corrupto, não será desta vez.
A sessão ficou adiada para o próximo dia 24 de Abril a partir das 10 horas. A juíza fez a gentileza de advertir o facto dela não ser boa em cumprir com o horário, aproveitou ainda o momento para gabar que está prestes a sair de férias e provavelmente estará na Europa. Na sequência sugeriu o dia 25 de Abril para ouvir o director Nacional do I.G.C.A que de acordo com ela, a presença deste vai ajudar esclarecer ao Tribunal a dinâmica administrativa sobre cedência de espaço, pediu ainda ao escrivão para lavrar em acta um oficio na qual o director deste instituto na província do Kwanza Sul deverá se fazer presente na audiência. Procedeu na sequência uma precatória ao tribunal do K. Sul a fim de ajudar o Tribunal Dona Ana Joaquina (inaugurado aos 11 de Novembro de 2003) a proceder à notificação das partes. Contudo, o senhor Francisco Prazeres António Kapassola, ex. Administrador do Porto Amboim, também deverá estar na mesma audiência.
No final da sessão, a juíza tal como no primeiro dia começou com a sua peça teatral, desta vez concentrada no advogado Horácio que foi seu colega na Universidade:
-Qual é a graça? Eu também quero rir!- Disse a meritíssima Juíza, num tom propositado, convidativo e contagioso para cair no ar da sua alegria.
-Conta lá uma piada. Eu gosto de rir! – Continuou a meritíssima.
– O Tribunal não permite. – Respondeu pausadamente o advogado.
– Eu sou a excepção à regra. Conta lá uma piada, eu gosto de rir! –Disse a juíza.
Para animar a sala sugeriu a procuradora que a próxima sessão se calhar ela de férias na Europa poderá ser feita via Skype. Enquanto riamos a procuradora concentradamente demonstrava seu ser de quem ri pouco ou nada.
Em causa está o artigo divulgado por Rafael Marques no seu site “Maka Angola” partilhado pelo Mariano Brás no seu Jornal “O Crime” na qual o ex. procurador é acusado de estar envolvido em corrupção e este por sua vez abriu um processo designado de “injúria e ultraje ao órgão de Soberania”.
Em síntese, a sessão ficou marcada pela ausência consecutiva do ofendido João Maria de Sousa que desta vez encontrou um subterfúgio jurídico para não comparecer diante da instância da juíza e na presença dos jornalistas. Para o próprio Rafael Marques o facto de não comparecer desta vez e pedir que a audiência ser feita na procuradoria é um acto de covardia, aliás, não é inconcebível um ex.procurador ser ouvido na Procuradoria.