Autoridades preparam detenção de tenente coronel Daniel Neto por alegada calúnia e difamação ao comandante-geral

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Um mandado de detenção pode ser emitido nas próximas horas, contra o tenente coronel Daniel Neto, Presidente do Conselho de Administração da empresa Konda Marta II, sob o argumento de calúnia e difamação supostamente contra o comandante-geral e o comandante da Polícia Nacional da Camama, Francisco Ribas e Alexandre Mingas, respectivamente.

Informações apuradas, dão conta que a estratégia foi montada durante a detenção da chefe das camponesas, Mimosa Camongo, libertada 72 horas depois, sem ser ouvida por um procurador ou juiz de garantia. O plano foi revelado a este portal por agentes da corporação, que “falaram em maldade que se pretende fazer contra o tenente coronel Daniel Neto”.

A fonte do Comando Municipal da Camama adianta que o objectivo “é prender e ser levado numas das cadeias fora de Luanda, onde não terá pouca possibilidade defesa, tal como aconteceu com o terreno em posse da empresa chinesa HS, para que não celebrasse o negócio, teve que ser detido várias vezes”.

Daniel Afonso Neto, enquanto militar das Forças Armadas Angolanas com a patente de oficial superior, tem reiterado os apelos ao Presidente da República e Comandante-em-Chefe das FAA, João Lourenço, os deputados à Assembleia Nacional e a sociedade em geral, no sentido de intervirem no caso, pois, alega que corre sérios riscos de vida.

Disse que apresentou muitas queixas contra supostos envolvidos na usurpação dos terrenos da sua empresa, com todas as provas, incluindo o homicídio contra um cidadão da Lunda-Sul, Alves Benjamim, que foi confundido como trabalhador da empresa Konda Marta, baleado pela polícia do Talatona.

Denuncia que as suas contas bancárias continuam bloqueadas há mais de quatro anos, facto que tem condicionado a dignidade da família e dos filhos que não conseguem estudar.

Segundo fontes do Comando da Polícia da Camama, recentemente os oficiais alegadamente com interesse nos terrenos, tiveram uma reunião, onde traçaram “novas estratégias” de actuação. O encontro contou com a presença do actual comandante-geral, Francisco Ribas, do antigo comandante-geral, comissário chefe Alfredo Mingas “Panda”, pai do comandante municipal da Camama e outros oficiais.

“Criaram a estratégia para emitir um mandado de detenção com o crime de calúnia e difamação contra o comandante-geral, pois com a sua detenção, o cliente vai concretizar os acordos do negócio a ser efectuado”, denuncia a fonte.

Abordaram sobre a atribuição de um espaço de mais de 120 hectares a um cidadão americano, que se encontra em Angola legalmente e que precisa investir no sector imobiliário, no quadro de cooperação com os Estado Unidos de América (EUA), tendo em conta os acordos assinados entre os dois países a quando da visita do Presidente Joe Biden.

“Ele solicitou ao Estado angolano um terreno vasto para investir, e enquanto o governo localiza uma área nobre para o referido investimento, o grupo liderado pelo actual comandante-geral da polícia nacional prontificou a ceder 120 hectares na área do 11 de Novembro ao lado do Campus Universitário da Universidade Agostinho Neto, onde foram demolidos dois quilómetros de vedação de chapa e residências da empresa Konda Marta”, contou a fonte.

Actualmente o espaço está transformado em parque de viaturas contratado pela Polícia Nacional da Esquadra da Vila Kiaxi, “como forma de ocupação ilegal” supostamente à “ordem” do comissário chefe, Francisco Ribas, “tal como aconteceu com a empresa  chinesa HES que comprou um terreno no Camama ao lado do  super mercado Quibabo que até hoje não consegue fazer o aproveitamento divido a reivindicação das camponesas da Empresa Konda Marta”, ressalta.

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