Friends of Angola e Observatório realizam conferência de imprensa sobre “presos políticos” no dia em que Biden chega a Angola
As organizações dos Direitos Humanos, Friends of Angola (FoA) e o Observatório para Coesão Social e Justiça (OCSJ), anunciam para a próxima segunda-feira, 02 de Dezembro, a realização de uma conferência de imprensa, sobre a situação dos quatro activistas, que cumprem a pena de dois anos, no dia em que o Presidente dos Estados Unidos de América, Joe Biden, chega a Angola.
Em nota de imprensa enviada à Rádio Angola, as duas ONG, adiantam que, o encontro com os jornalistas, vai abordar o processo dos jovens considerados “presos políticos”, que na visão da FoA e da OCSJ, enfrentam a “denegação da justiça”.
“A Friends of Angola e o Observatório para Coesão Social e Justiça, vêm por meio deste dar a conhecer que realizarão uma conferência de imprensa sobre os Presos Políticos em Angola onde abordarão sobre a Negação da Justiça, a ter lugar na segunda-feira, 02 de Dezembro de 2024, às 09:00, no Hotel Continental”, lê-se.
Na nota de imprensa, os organizadores da conferência convidam os órgãos de comunicação social, (públicos e privados) para a respectiva cobertura, bem como os familiares dos quatro “presos políticos”, membros da sociedade civil e o público em geral, a participarem do evento.
Amnistia Internacional exige libertação dos quatro activistas angolanos
Recentemente, a Amnistia Internacional (AI) exigiu a libertação imediata dos quatro activistas angolanos presos em Luanda há um ano, cujas condições de saúde pioraram drasticamente na prisão, devido à falta de cuidados médicos.
“Um ano de prisão pelo simples facto de protestarem pacificamente é uma farsa de justiça. As autoridades angolanas devem libertar estes activistas agora, especialmente devido ao agravamento das suas condições médicas”, disse na altura o director adjunto da Amnistia Internacional para a África Oriental e Austral, Vongai Chikwanda.
Em nota, a AI lembrou que os quatro jovens activistas foram detidos pelas autoridades angolanas a 16 de Setembro de 2023, em Luanda, antes de um protesto planeado em solidariedade com os moto-taxistas.
Desde então, a Amnistia Internacional documentou declínios significativos na sua saúde, “num contexto em que as autoridades lhes negam deliberadamente cuidados médicos em várias prisões diferentes”, acusou a Amnistia Internacional no comunicado tornado público.