“Não é surpresa”, diz UNITA sobre revelação que MPLA pagou para se difamar a oposição na internet

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O maior partido da oposição angolana, UNITA, disse não estar surpreendido com a notícia que o partido no poder, o MPLA, pagou a uma companhia sediada em Israel para caluniar o partido e o seu líder Adalberto Costa Júnior.

O Secretário Nacional para Comunicação e Marketing da UNITA Evaldo Evangelista reagia a um relatório da organização não-governamental Freedom House, que revelou que Angola é um de 47 países cujos governos pagaram a organizações ou comentadores para manipularem discussões nas redes sociais.

A Voz de América (VOA), que cita a Freedom House uma companhia sediada em Israel, a Mind Force, operou uma rede contas falsas em Angola que publicava conteúdo em apoio ao MPLA e de oposição à UNITA,.

No seu relatório titulado “Liberdade na Internet 2023: O poder da repressão da inteligência artificial”, a Freedom House diz que um funcionário daquela empresa “revelou publicamente que o governo (angolano) era um cliente”.

Evaldo Evangelista disse que essas acções do MPLA “têm sido já uma prática (e) estamos em crer que é uma prática antiga”.

“Olhando pelos ataques que o partido e o líder da UNITA são alvo isso mostra claramente que há um investimento muito forte”, disse.

O analista político e jornalista angolano, Ilídio Manuel, diz ser visível os ataques feitos nos órgãos sociais públicos, mas não saber precisar se ha casos de ataques serem u não pagos.

“Se a notícia é falsa ou verdadeira não lhe posso garantir, mas o que é facto é que o executivo tem usado meios de comunicação social público ao seu alcance para denegrir a oposição principalmente a UNITA sem promover o contraditório sobre tudo aquelas acusações graves que atentam contra a UNITA”, disse.

Segundo o documento, esses comentadores são pagos ou instruídos para espalhar propaganda pró-governo, atacar opositores, desinformar o público ou distorcer a realidade nas redes sociais e outras plataformas digitais.

A VOA contactou João Demba, Director Nacional de Informação e Comunicação Institucional, do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, mas não tivemos qualquer resposta.

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