Tribunal do Lobito coloca em liberdade provisória activistas por falta de condições nas celas do SIC

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Os dez activistas detidos no passado dia 02 do mês em curso, na cidade do Lobito na tentativa de uma manifestação que visava exigir a restituição dos mercados informais, alegadamente destruídos pela administração municipal, vão aguardar em liberdade o julgamento sumário, devido à falta de condições nas celas onde estavam colocados.

Rádio Angola

Segundo apurou este portal, os activistas do “Movimento Revolucionário – núcleo do Lobito”, na província de Benguela foram colocados em liberdade provisória até esta quinta-feira, 10, para o reinício julgamento suspenso nesta segunda-feira, 07 do corrente.

A medida foi tomada por causa das condições carcerárias dos réus bem como devido à ausência do único declarante do processo, no caso o comandante da Polícia do Lobito, Carlos Diamantino.

Entretanto, ao invés de comparecer em tribunal, o comandante da corporação no Lobito preferiu “indicar” o motorista que teria transportado os activistas no dia em que foram detidos para que fosse representado em tribunal.

De acordo com fontes do tribunal, o juiz da causa vai, nas próximas horas, “notificar novamente” o comando da polícia Carlos Diamantino e o gabinete de comunicação e imagem da administração municipal do Lobito.

“Sem eles, o processo não tem pernas para andar”, disse a fonte do tribunal.

No início do julgamento sumário, nesta segunda-feira, 7, o juiz ouviu todos os réus.

Recorde-se que, os manifestantes foram detidos no dia em que o município do Lobito assinalava mais um aniversário e as detenções ocorreram numa altura em que os “revus” se preparavam o protesto que tinha sido agendado.

Os activistas que estavam detidos nas celas do Serviço de Investigação Criminal do Lobito, são Rodinho, António Pongoti, Avisto Botha, Eduardo Ngumbe e um jornalista da Rádio Ecclésia, Pedro Tchindele.

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