Cidadã sofre agressões físicas de agentes da polícia dentro do Hospital Regional de Cafunfo

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As denuncias sobre excessos praticados supostamente por agentes da polícia e militares, que estão comissionados a fazer cumprir o Decreto Legislativo Presidencial sobre o “Estado de Emergência”, que nas próximas horas, pode ser prorrogado para um período de mais 15 dias, não param.

Jordan Muacabinza | Cafunfo

Da vila diamantífera de Cafunfo, município do Cuango, província da Lunda-Norte, surgem denuncias que dão conta de que, uma senhora de 43 anos, foi espancada por efectivos da Polícia Nacional, quando estava no Hospital Regional de Cafunfo, onde está internado o seu filho.

Maria Agostinho, natural do município de Caungula e residente em Cafunfo há mais de 30 anos, disse a este portal ter sido vítima de agressões dos agentes da ordem, ao ser surpreendida sala do hospital onde, Caxita, menino de 7 anos, encontrava-se internado devido ao paludismo e malária que nos últimos dias têm feito muitas mortes em Cafunfo.

“Enquanto eu dava de comer ao filho doente, fomos surpreendidos por um grupo de polícias, sendo três entraram na sala onde me encontrava com o menino e me obrigaram a deixar de dar o alimento ao doente, e forçada sair da sala”, contou.

Posto fora da sala do hospital, Maria Agostinho, que estava acompanhada do seu esposa, na medida em que ela inclinava-se para, com uma garrafa de água mineral lavar as mãos, os agentes “sem meias medidas, me batiam nas costa e no rosto como que de uma criminosa se tratasse causando ferimentos na boca”.

“Não sei as razoes de tortura”, disse, acrescentando que “só mesmo nas Lundas em que polícias que deviam respeitar a lei, entram num hospital público e espancam familiares dos pacientes, quando o decreto presidencial permite as pessoas irem aos hospitais em caso de doença”, lamentou a senhora.

Maria Agostinho espera que se faça justiça e que os agentes implicados no seu espancamento sejam responsabilizados de acordo com a lei, por entender que não violou nenhum regulamento sobre o “Estado de Emergência”.

A cidadã lamenta que, após o incidente, dirigiu-se à 2ª Esquadra da Polícia Nacional do Sector de Cafunfo com o propósito de apresentar a queixa-crime, mas um oficial da Ordem Pública disse à senhora: “é uma coisa de leve, vai para casa”.

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