Reunião Operativa do SIC – Luanda determina reenquadramento de jovem assassino para Divisão de Talatona

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Foi decidido em reunião operativa do SIC-Luanda, deste terça-feira, 10/09, o reenquadramento de Welliton Pederneira filho do antigo director-adjunto dos Serviços de Investigação Criminal de Luanda, superintendente Jorge Pederneira, que disparou a queima-roupa (na madrugada do dia, 20 de Novembro de 2016) contra o cidadão Ricardo Asha, de 26 anos de idade, sem quaisquer motivo.

Aquando do assassinato Welliton Pederneira, já era agente do Serviço de Investigação Criminal. No entanto, de lá para cá, o assassino ficou menos de um mês detido mais tarde solto e nunca chegou a ser julgado.

Na altura, o porta-voz da Polícia Nacional em Luanda, Mateus Rodrigues, fez saber que a soltura de Welliton Pederneira envolvido no assassinato do amigo não tinha nada a ver com a corporação que representa porquanto aquele organismo tinha feito o trabalho de casa que se consubstanciava na detenção do homicida, instrução do respectivo processo e a consequente remessa à Procuradoria.

Recentemente os familiares da vítimas apelaram a justiça em vários órgãos de Comunicação Social mas não foram ouvidos.

Segundo o “O Decreto”, agora, em reunião realizada esta terça-feira, 10, na direcção provincial de Investigação Criminal de Luanda, ficou decidido o reenquadramento de Welliton Pederneira no Departamento de Investigação Criminal da Divisão do Talatona, onde vai se apresentar na próxima quarta-feira, 18 deste mês, tendo em conta o feriado prolongado que o país terá.

Recorda-se que tudo aconteceu quando um grupo de jovens juntaram-se para aquilo que seria um convívio normal no largo próximo à casa de Ricardo. Eram 1:00h da manhã de Domingo, quando o grupo de amigos convivia, entre os quais Welliton Pederneira, 23 anos, o autor do disparo. A cerveja, no local em que se encontravam, tinha acabado e o grupo decidiu adquirí-la num outro sítio.

Vunda da Silva, de 39 anos, tio da vítima, conta que, a meio do caminho, Welliton entendeu que tinha de tirar a pistola que carregava na cintura e ameaçar os amigos porque, em seu entender, andavam muito lentamente. “Disse: vocês estão a andar muito devagar, vou vos fazer correr. Daí fez o disparo que vitimou mortalmente o meu sobrinho”, conta.

Ricardo Asha teve morte imediata. Pouco antes de o autor do crime ter perpetrado a acção, Ricardo mostrou a pretensão de abandonar o grupo e dirigir-se a sua casa, porque não concordava com o comportamento do amigo, que sempre que houvesse convívio levava a pistola para fazer brincadeiras. “Não houve discussão nenhuma”, enfatizou Igor de Carvalho, militar, primo da vítima. Tendo acrescentado que muitas vezes Welliton tinha a mania de andar armado e brincar proferindo ameaças aos amigos com a pistola, mas nunca chegou a ferir ninguém.

 

Welliton é amigo de Ricardo há muito tempo, inclusive frequentava a casa do mesmo com naturalidade. Testemunhas contam que “sempre que Welliton bebia tirava a arma. Ele, mesmo antes de terminar a recruta, já andava com uma arma do seu pai, que é oficial da Polícia Nacional, e várias vezes manipulou-a em frente aos amigos”, conta Igor, que também é amigo do acusado.

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