TRABALHADORES DA BARRAGEM “CACULO CABAÇA” DENUNCIAM MAUS-TRATOS E SALÁRIOS DE MISÉRIA

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Mais de quinhentos trabalhadores da construtora chinesa “CGC” encarregue pela construção daquela que, segundo as autoridades angolanas, vai se a maior barragem hidrográfica do país – Caculo Cabaça, na província do Kuanza-Norte decidiram paralisar com os trabalhos, como forma de pressionar aumento de salário e melhorias das condições laborais, constantes num caderno reivindicativo apresentado à direcção da empresa em maio de 2018.

Rádio Angola

Os trabalhadores nacionais, reclamam igualmente que sofrem maus-tratos por parte dos empreiteiros estrangeiros (chineses), bem como alimentação precária, falta de equipamentos de segurança, facto que tem provocado vários danos aos trabalhadores com consequências graves a sua saúde.

Segundo relatam, os angolanos humilhados na sua própria terra pelos expatriados e apelam por uma intervenção urgente do Presidente da República, João Lourenço, já que, de acordo com os construtores da barragem “Caculo Cabaça”, desde que as obras arrancaram , actual Ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, nunca foi visto no local para se inteirar sobre o andamento das obras  e o modo como são tratados os angolanos pelos estrangeiros.

Entretanto, o responsável da comissão sindical, José Sebastião disse que a paralisação convocada por tempo indeterminado decorre desde o passado dia 22 do mês em curso por causa da alegada falta de vontade da entidade patronal em negociar o caderno reivindicativo.

O sindicalista denuncia que, além do mísero salário de 25 mil kwanzas que auferem mensalmente, os trabalhares têm sido vitimas de frequentes acidentes de trabalho e sujeitos a actividades que não fazem parte do vinculo contratual.

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