Subsecretário de Estado americano admite ajudar a recuperar fundos desviados de Angola

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Fonte: VoA

O subsecretário de Estado americano, John Sullivan, deu a entender que Washington poderá ajudar Angola no processo de repatriamento de capitais levados ilicitamente para fora do país.

Em declarações à imprensa, após um encontro com o Presidente da República, João Lourenço, nesta segunda-feira, 18, John Sullivan afirmou que a materialização dessa intenção depende da assinatura de um acordo no domínio da justiça.

O diplomata norte-americano sublinhou que o entendimento estará alinhado com a estratégia de combate à corrupção, uma das principais “bandeiras” do mandato do Presidente João Lourenço.

Sullivan disse, entretanto ser “prematuro dizer o que será feito”,e salientou que o Departamento de Justiça “vai trabalhar para ajudar Angola nesse esforço”.

O diplomata lembrou que o seu país tem “pessoal treinado, investigadores e procuradores, que podem ajudar o Governo angolano na recuperação destes activos e devolvê-los aos reais donos, o povo angolano”.

Ele deu como exemplo o caso da Nigéria, em que Washington ajudou recuperar fundos desviados para o exterior.

John Sullivan, manifestou também o desejo do seu país em estreitar e aprofundar as “longas as relações” existentes entre os dois países.

O diplomata americano disse que o foco principal da sua visita tem a ver com “o compromisso dos Estados Unidos para as parcerias estratégicas que existem com Angola”.

Encontros com empresários e activistas

John Sullivan, que termina hoje a visita a Angola, onde se encontra desde sábado, animou na tarde desta segunda-feira uma palestra com líderes empresariais e especialistas dos dois países sobre questões económicas prioritárias para os dois países, incluindo a melhoria do clima de negócios “para criar condições para um maior envolvimento comercial dos Estados Unidos”.

O número dois do Departamento de Estado manteve também encontros com representantes da sociedade civil e de organizações de defesa dos direitos humanos e prevê assinar com as autoridades angolanas um memorando de entendimento sobre segurança e ordem pública.

Ainda em Luanda, John Sullivan e o ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto presidiram uma sessão do Diálogo Estratégico Estados Unidos-Angola, que visou apresentar a estratégia da Administração Trump para África.

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