Sensibilizadas mais de cinco mil famílias sobre prevenção e combate à cólera em Luanda
Mais de cinco mil famílias foram sensibilizadas pelo Conselho Provincial da Juventude de Luanda, sobre a prevenção e combate à cólera que ainda assola a capital do país e demais regiões de Angola, causando centenas de mortes de até ao momento.
A sensibilização foi feita no município da Samba e contou com a participação de mais de 200 jovens de ambos os sexos, representantes das organizações juvenis membros e parceiros do CPJ-Luanda, sob a liderança de Alberto Dala “Baduina”, tendo sido realizada no passado sábado, 28 de Junho.
Durante o acto de sensibilização, os promotores distribuíram várias cartilhas com indicações de prevenção, detergentes (sabão e lixívia), comprimidos certezas e hipocloritos aos munícipes do bairro Camuxiba, no município da Samba – zona com déficit muito elevado de saneamento básico – um acto, que segundo o CJP, vai se estender aos 16 municípios e 13 comunas de Luanda.
A campanha contou com o apoio do Gabinete Provincial da Saúde de Luanda, representado na actividade pela Maria Martins, coordenadora provincial da promoção da Saúde de Luanda, e de igual modo com o apoio da Administração Municipal da Samba que esteve representada pelo director municipal de Saúde Pública, Miguel Maiandi, bem como do líder do Conselho Municipal da Juventude da Samba, Daniel Sabalo.
Em declarações à imprensa no fim da actividade, o líder máximo da juventude de Luanda, Alberto Dala “Baduna”, agradeceu o apoio das instituições do Estado, tendo enaltecido a presença dos secretários executivos municipais e as organizações membros e parceiras do CPJ, “por se juntarem a esta nobre causa”.
Alberto Dala “Baduna” garantiu a continuidade dos actos de sensibilização e combate à cólera naquela circunscrição da capital, sob a coordenação do CMJ-Samba. O responsável juvenil reafirmou “o compromisso de continuar a hastear a bandeira da campanha de sensibilização nos outros municípios contribuindo assim no bem-estar das comunidades”.
Moradores do Rangel clamam pelo saneamento básico
Quem passa pela conhecida Rua do Suba, no Bairro Marçal, no município do Rangel, em Luanda, depara-se com um cenário “arrepiante” dominado com cheiro nauseabundo, devido aos amontoados de lixo e águas paradas apodrecidas, onde ratos, mosquitos, baratas e outros vermes, fazem moradora num autêntico perigo à saúde pública.
Conforme reportou recentemente a Rádio Angola, a situação do saneamento básico na “Rua do Suba”, no Marçal, município do Rangel, continua preocupante, segundo os moradores, numa altura em que Luanda continua a registar casos de cólera.
Quem passa por lá, o cenário mantém-se, tal como revelam a imagem abaixo, situação que diariamente preocupa os moradores, que temem por registo de casos de cólera que assola a capital do país.
A cólera, uma infecção bacteriana aguda que causa diarreia e desidratação graves, continua a ser um problema de saúde pública em Angola. Embora tratável, a doença pode ser fatal em poucas horas se não for combatida adequadamente. Um dos principais factores que contribuem para a persistência e a propagação da cólera em Angola é a gestão inadequada do lixo.
Preocupada com a saúde humana, a organização dos direitos humanos, Friends of Angola (FoA), considerou recentemente que os amontoados de lixo existentes junto às instalações da Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL), na rua do Suba-20, no Marçal, constituem um atentado à saúde pública e apelou às autoridades competentes para a sua remoção com urgência, mas até ao momento, de acordo com a FoA, a situação continua e com tendência a piorar.
Os moradores ouvidos pela Rádio Angola clamam por uma intervenção urgente com vista a remoção do lixo, que continua a amontoar-se, ameaçando a cada dia a saúde de centenas de famílias e milhares de consumidores da água tratada e distribuída pela Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL).