Sapalo António desvincula-se do PRS e cria novo partido político

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O político Sapalo António anunciou nesta terça-feira, 18, a sua desvinculação do Partido de Renovação Social (PRS), formação partidária de que é co-fundador, e anunciou igualmente a criação de um novo projecto político denominado Partido pela Verdade e Estabilidade para o Desenvolvimento (PVED), cuja Comissão Instaladora para a legalização do partido deu entrada a 7 de Janeiro deste ano, no Gabinete dos Partidos Políticos do Tribunal Constitucional (TC).

A notícia foi avançado em conferência de imprensa, numa das unidades hoteleiras, em Luanda, diante de dezenas de seguidores, autoridades tradicionais e membros da sociedade civil convidados para o efeito.

Na ocasião, o antigo vice-ministro da Indústria no tempo do Governo de Unidade e Reconciliação Nacional (GURN), ressaltou que, “apos uma profunda e responsável reflexão, entendi partir para uma nova dimensão partidária, certamente, continuando a contribuir para as desejáveis mudanças no país e na construção e busca do bem-estar dos angolanos”.

Para esta perspetiva, revelou Sapalo António, “orgulho-me anunciar a criação de um partido, cujo pedido para o devido credenciamento da respectiva Comissão Instaladora corre tramites no Tribunal Constitucional”.

Segundo o político, que serviu o PRS desde a sua fundação em Novembro de 1991, o projecto político PVED, cuja criação foi anunciada nesta terça-feira, “além de prosseguir objectivo primário de qualquer partido, fundará a sua natureza existencial na recuperação, construção e manutenção dos nobres valores de convivência humana que, culturalmente sempre caraterizaram os angolanos”.

“Politicamente, seremos uma força de equilíbrio, procurando sempre entendimento para soluções estabilizadoras”, disse Sapalo António.

Para o candidato chumbado à liderança dos renovadores sociais no último congresso, a preparação de condições legalmente exigidas para a inscrição do partido, “constitui a nossa presente prioridade, cujos recursos humanos e financeiros possíveis acautelados para a concretização do projecto”.

“Esperamos contar com o calor e apoio os angolanos, essencialmente no processo de recolha das assinaturas. Da mesma maneira, esperamos contar com a flexibilidade das autoridades provinciais e municipais, no tratamento célere dos processos, conforme a lei”, salientou.

Aos órgãos de comunicação social, o antigo dirigente do PRS, não avançou as razões da sua saída da formação poilítica que defende a matriz federalismo, justificando apenas que se tratam de “circunstâncias contextuais”, que terão levado a tormar esta decisão e que no momento oportuno os angolanos saberão os reais motivos da sua desvinculação.

Entretanto, o Club-K apurou que, o “caldo entornou”, quando a sua candidatura foi rejeitada pelo comissão nacional preparatória do V Congresso Ordinário, que elegeu Benedido Daniel para mais um mandato.

Sapalo António foi retirado dos órgãos de direção do PRS, o que o impossibilitou de concorrer à presidência do partido no próximo congresso.

CK

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