“Revus” e Polícia Nacional em Benguela estão de “costas viradas”

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O Comando Provincial da Polícia Nacional em Benguela está a ser acusado de ter orientado a proibição da realização de uma pretensa “manifestação pacifica”, prevista para a próxima quarta-feira, 02 de Setembro, na cidade do Lobito, com a finalidade de “exigir” a restituição dos mercados informais, supostamente destruídos pela Administração Municipal do Lobito.

Eduardo Ngumbe | Benguela

Os mercados em causa, segundo consta, teriam sido destruídos pela administração local no mês de Março do ano em curso, durante a vigência do “Estado de Emergência”, que foi motivada pela pandemia da COVID-19, que assola o país, cujos números de infectados caminham já para os três mil, dos quais, mais de cem mortes registados pelas autoridades sanitárias do país.

Entretanto, passados perto de 15 dias, depois da emissão da carta aos órgãos competentes dando conta da realização do “protesto”, o comandante municipal do Lobito, Carlos Diamantino, segundo fontes deste portal, manteve um encontro na tarde da última quinta-feira, 27, com os jovens “promotores” da pretensa manifestação.

No encontro, de acordo com os dados apurados, o comandante da Polícia do Lobito, “proibiu de forma verbal”, a realização da referida marcha, alegando não ser a data escolhida (02 de Setembro), que por sinal, coincide com o aniversário do município ferro-portuário do Lobito, um período, segundo a alta patente da corporação “anormal para a realização do acto”, porquanto, na visão do comandante, “vai sabotar a concretização das festividades da cidade do Lobito”.

Apesar deste “braço-de-ferro” existente entre os “revus” e os policiais, os activistas não arredam o pé e afirmam mesmo que, os argumentos apresentados pelo comandante da Polícia Nacional do Lobito, “não colhem”, pois para eles, “visam tão somente inviabilizar a actividade dos manifestantes”.

Os “promotores da marcha” dizem-se “determinados” para sair às ruas da cidade do Lobito no dia 02 de Setembro, com o mesmo propósito que é o de “exigir a restituição dos mercados informais à população”.

“Os feirantes e taxistas, têm passado por dificuldades extremas”, afirmam os activistas do “Movimento Revolucionário de Benguela”, para quem os vendedores clamam pela devolução das praças do Compão e Chapangele, “destruídas na azáfama da Covid-19”.

Sabe-se igualmente que, os taxistas de Benguela tencionam paralisar as suas actividades caso não vêem solucionado o problemático das paragens que os possibilita trabalhar sem os “constrangimentos” que têm encontrado do serviço de táxi.

Num comunicado tornado público na quinta-feira, 27, a Administração Municipal do Lobito adiantou que está a trabalhar no sentido de devolver dignidade aos feirantes com construção de um mercado em breve.

Este portal tentou sem sucesso ouvir a polícia de Benguela.

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