Regime angolano “aceita” legalizar PRA-JA desde que Chivukuvuku abandone Frente Patriótica Unida

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O poder político angolano tomou a iniciativa de “negociar” com o político Abel Epalanga Chivukuvuku para legalização do projecto político PRA-JA Servir Angola, que por decisão do Tribunal Constitucional, não aceitou que fosse reconhecido.

Fonte: O Decreto

A testa das negociações esteve o general Fernando Miala, chefe do Serviço de Inteligência e Segurança do Estado (SINSE) e o Ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão  de Almeida, que reuniram na passada terça-feira, 5, com Chivukuvuku.

A proposta apresentada pelos homens fortes de João Lourenço foi prontamente rejeitada pelo político que agora é o número dois na liderança da Frente Patriótica Unida (FPU), plataforma integrada por UNITA e Bloco Democrático, com o objectivo de “derrubar” nas eleições de 2022, o MPLA no poder há mais de 40 anos.

O Decreto apurou que, na manhã de terça-feira, 05 de Outubro, o líder do projecto político PRA-JA Servir Angola, Abel Chivukuvuku manteve um encontro “secreto” com o ministro de Estado e chefe de Estado da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida.

A fonte indica que, no encontro que decorreu horas antes da declaração pública que formalizou a Frente Patriótica Unida (FPU), na sala de conferências do Centro de Convenções de Talatona (CCT)), em Luanda, em que foi colocado Adalberto Costa Júnior como líder da FPU, visou dar “garantias” ao Chivukuvuku sobre a viabilização do processo de legalização, nos próximos dias, do PRA-JA.

No acto de formalização da “plataforma política”, entre os três líderes que compõe a FPU, Abel Chivukuvuku foi o único que não discursou, limitando-se apenas numa breve intervenção de pouco mais de cinco minutos, que assegurou a sua pronta disponibilidade integrar e trabalhar na Frente Patriótica Unida, o que para muitos presentes na sala foi “algo muito estranho”, se comparado com actos anteriores em que Chivukuvuku teve “discursos brilhantes”.

Entretanto, esta quinta-feira, 7, foi tornado publico o acórdão que anula o XIII congresso que elege Adalberto Costa Júnior na liderança da UNITA.

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