“REFORMAR O ESTADO É CONTAR COM A CONTRIBUIÇÃO DE TODAS AS FORÇAS VIVAS DO PAÍS”, MINISTRO RUANDÊS

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Os participantes da conferencia sobre “Reforma do Estado”, que teve lugar nos dias 28 e 29 de Março, no Palácio da Justiça, organizado pelo Ministério da Administração do Território e Reforma do Estado (MATRE), recomendam ao governo de Angola a seguir o exemplo do Ruanda para reformar o Estado.

Texto de Simão Hossi

Na ocasião, Anastase Shyaka, ministro de governação local do Ruanda, afirmou ao longo da sua comunicação que “foi preciso contar com todas as forças vivas do País” para se chegar ao nível que se encontra hoje o seu País. O repto foi feito no sentido de chamar atenção às autoridades angolanas a seguir o mesmo exemplo, porque a exclusão não contribui para o crescimento desejável, frisou o membro do governo do Presidente Paul Kagame que esteve recentemente em Luanda a convite do seu homólogo João Lourenço.

O governante ruandês, chamado a passar a experiência de desenvolvimento do seu País, disse que depois de em 1994 terem vivido o conflito étnico mais sangrento da história do nosso continente era preciso unir os irmãos desavindos pelos conflitos e com isso era preciso contar com a contribuição de todos, isto é, sociedade civil, Hutus, Tutsis e outras forças vivas do País, como os partidos políticos. Para Anastase as diferenças políticas neste processo foi crucial.

A par da experiência do Ruanda, estiveram pelo lado de Angola Carlos Feijó, professor da faculdade de Direito e ex-ministro de José Eduardo dos Santos, que abordou o tema “Estrutura e Posicionamento do Estado para os Novos Desafios”, e “Serviços públicos: eficiência administrativa”, proferida por Julieta Verlen, auditora federal de finanças e controle do ministério da Economia do Brasil.

Chamado a proferir o discurso de abertura da conferência, Adão de Almeida, ministro da pasta encarregue pela reforma do Estado, disse ser importante reformar o Estado sem burocracia e que o processo de desconcentração tem de ser célere e eficaz de forma a beneficiar os cidadãos.

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