Professores na Huíla preparam manifestação exigindo a exoneração da Ministra
Os professores na Província estão organizar uma manifestação para o dia 6 de Outubro do ano em curso.
Fonte: Radio Angola
Em entrevista à Rádio Angola, o secretário Provincial do SINPROF na Huíla, senhor João Francisco afirmou que a manifestação é um dos meios que encontraram para exigir os seus direitos, em primeira instância vão dar boas vindas ao no Governador, Luís Manuel da Fonseca Nunes e também a nova directora Provincial da Educação, mas também por outro lado vão exigir à direcção no sentido de reporem o dinheiro que foi desviado para que possa estar nas mãos dos verdadeiros donos, também procurarão através desta manifestação exigir a demissão da Ministra da Educação por não estar a dar conta do recado, por estar a fazer muita confusão no sector da Educação , ainda numa das confusões que a senhora Ministra está a fazer, tem a ver com a documentação que o SINPROF recebeu, tal como aconteceu na circular número 14, está a confundir a reclamação dos professores que é a emigração de um estatuto para o outro, remete aos decretos presidenciais número 102, 114, 104 que não tem nada a ver com essa transição, segundo e secretariado do SINPROF, achou-se que uma pessoa que não está lúcida das suas responsabilidades, o melhor para o sector da Educação será a sua saída para não causar transtornos.
Disse ainda que a Governação do senhor José Eduardo dos Santos é diferente da Governação do João Lourenço, hoje há mais abertura em termos de diálogo, mas verificou-se que tudo no sector da Educação está estagnado porque a senhora Ministra não está em condições de seguir a dinâmica do novo Presidente da República, por isso os professores querem a demissão da Ministra da Educação que não quer seguir os passos do Presidente da República que quer criar sectores com capacidades para os desafios que a própria governação impõe. Segundo o Secretário, de um lado há um Presidente que tem uma visão muito ampla, uma Governação participativa, doutro lado há uma Ministra que se comunica muito mal, não assume as responsabilidades, não aparece em público para assumir a função das responsabilidades, não comunica nem com as direcções Provinciais nem com os professores, é uma pessoa muito apagada, olhando para a documentação parece que a senhora Ministra desconhece a legislação que guia o sector da Educação, logo não se pode continuar com uma pessoa cega naquilo que é a sua responsabilidade. Naquilo que é a perspectiva global da visão do senhor presidente no sector da Educação, já há uma mudança, mas a pessoa que o senhor Presidente colocou no Ministério da Educação é que não corresponde as suas espectativas, por isso seria bom encontrar uma outra pessoa, que tenha uma outra visão, com dinamismo, alguém que consegue dar um passo igual aquele que o Presidente está a dar, disse o senhor João Francisco.
Mas também segundo o secretário, a manifestação servirá para exigir o senhor Presidente João Lourenço, tal como tem sido afável nas solicitações, a exoneração do Ministro das Finanças que tem estado a criar muitos transtornos com esse processo de cadastramento, que pouca informação flui, mas que os trabalhadores algumas vezes têm sofrido com as consequências desse novo cadastramento.
João Francisco disse também que os professores decidiram na assembleia que tiveram no dia 29 de Setembro, que a partir do dia 15 de Outubro a greve começará, os professores acharam que a greve é a única solução para os problemas que se vive hoje, um problema causado pela senhora Ministra que agora está agudizar o processo com o envio da documentação que receberam, lembrou também que os professores das Províncias: Lunda Sul, Cabinda, Namibe também decidiram fazer a greve, está a se esperar das restantes Províncias que poderão reunir no dia 06 de Outubro, a decisão final será anunciada no dia 13 de Outubro em Benguela, numa mega assembleia que reunirá todos os professores da Província de Benguela, em representação dos professores de todo País.
A manifestação sem sombras de dúvidas sairá no dia 06 de Outubro do ano em curso, começará na Sé Catedral e terminará na Direcção Provincial da Educação.
O secretário também lembrou que está ser preparado um processo de responsabilização criminal contra o ex-governador João Marcelino Tyipinge, por causa da brutalidade policial que os professores sofreram na manifestação de 2014, explicou que cedo ou tarde o ex-governador terá que responder no tribunal.