“Presos políticos” desqualificam Indulto Presidencial e falam em “presente envenenado” de João Lourenço

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Os quatro activistas postos em liberdade por via do “Indulto Presidencial”, no dia 06 deste mês, consideram o gesto do executivo como sendo um “presente envenenado”. O advogado Zola Bambi, avançou durante a conferência de imprensa desta sexta-feira, 10, que “os activistas não aceitaram o indulto, mas saíram porque tinham que sair”, por conta do procedimento jurídico.

“Aceitar um favor do indulto não é um procedimento judicial, é uma graça que o executivo efectua para limpar a sua imagem. O que queríamos é o procedimento rigoroso e o Presidente tinha pressão da comunidade internacional e precisava de branquear a sua imagem”, disse o advogado.

Os quatro activistas, que ficaram conhecidos como “presos políticos”, afirmaram, também, que o governo pressionou os mesmos no sentido de efectuar uma conferência de imprensa para agradecer o gesto do Presidente da República, um pedido que foi negado por não encontrar a necessidade para o efeito.

Trata-se dos activistas Abrão Pedro dos Santos “Pensador,” Adolfo Miguel Campos André, Gilson da Silva Moreira “Tanaice Neutro,” e Hermenegildo José Victor André “Gildo das Ruas”.

Os jovens tinham sido detidos a 16 de setembro de 2023, quando se preparavam para participar numa manifestação pacífica de apoio aos mototaxistas angolanos que protestavam contra o aumento do preço dos combustíveis.

A conferência de imprensa foi organizada pelas organizações não-governamentais e defensoras dos Direitos Humanos no país, Friends of Angola (FoA) e o Observatório para Coesão Social e Justiça (OCSJ), que defenderam a causa dos actvistas, desenvolvendo várias acções, que exigiram a libertação dos quatro jovens.

Com/RA e FD

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