Presidente Supremo acusado de colocar filho na folha de salário do Tribunal: Juristas falam em “nepotismo e tráfico de influências”

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Oiça aqui Manuel Canando:

O filho do Presidente do Tribunal Supremo, Vanur de Abreu Isau Leonardo, tem o seu nome nas folhas de salários da instituição chefiada pelo seu pai, Juiz Conselheiro, Joel Leonardo.

Segundo o Club-K, para além do Tribunal Supremo, o jovem recebe igualmente salário do Conselho Superior da Magistratura Judicial e pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE).

Estudante do segundo ano do curso de direito da Universidade Gregório Semedo de Angola, Vanur Leonardo recebe mensalmente pelo Tribunal Supremo, 275 mil kwanzas.

O mesmo está na folha de salário passando-se por “ajudante de escrivão”. Os seus salários “caem” no todos os meses numa conta domiciliada no Banco de Poupança e Credito (BPC).

O segundo salário de Vanur Leonardo, conta a fonte do portal que temos vindo a citar, é pelo Conselho Superior da Magistratura Judicial, órgão de gestão disciplinar dos juízes que também tem como Presidente o seu pai, Joel Leonardo.

O terceiro salário é pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), órgão presidido por Manuel Pereira da Silva “Manico”, amigo de Joel Leonardo.

O portal Club-K, avança que o Presidente do Tribunal  Supremo (pai de Vanur) foi quem ajudou Manuel Pereira da Silva a chegar à liderança da CNE, em Janeiro de 2020 violando a lei, e em contrapartida “Manico” contrai uma divida moral para com Joel Leonardo.

A colocação de Vanur Leonardo como funcionário desta instituição eleitoral, é vista por alguns observadores como resultado de alguma divida moral de Manuel Pereira da Silva “Manico” para com Joel Leonardo, que o fez chegar ao TOP da CNE.

Sobre o assunto, o jurista Manuel Cangundo, esclarece que a duplicidade de salário na função pública viola o principio da probidade pública.

Manuel Cangundo defende por isso, a abertura de um inquérito com vista a se apurar a veracidade dos factos, apesar de gozar da presunção de inocência.

Por sua vez, Agostinho Canando, outro jurista ouvido pala nossa redacção, entende que as evidências das denuncias indicam que se está diante de actos nepotismo, tráfico de influencias e abuso do poder.

O jurista sustenta que, a ser comprovado, Vanur Leonardo, o filho do juiz do Supremo, incorrem supostamente no crime de recebimento indevido de valores.

Oiça aqui Agostinho Canando:

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