POLÍCIA APREENDE MATERIAL DE FILMAGEM DE REPÓRTER DA TPA

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Um repórter cinegrafista da Televisão Pública de Angola (TPA) ficou sem a câmara de filmar quando tentava captar a detenção de jovens supostamente delinquentes na conhecida praça do “Arreiou-Arreiou”, bairro São Paulo, distrito urbano do Sambizanga, Luanda.

Texto de Simão Hossi

A apreensão violenta foi feita por agentes da Polícia Nacional, provavelmente afectos ao comando do Rangel, quando o repórter gravava o momento da detenção de dois supostos marginais. A equipa de reportagem da televisão pública, que circulavam numa viatura identificada com a marca da empresa, foi intimidada pela polícia para não registar a acção.

O repórter de imagem não se sentiu intimidado e decidiu gravar mesmo, fazendo o seu trabalho. Depois de os agentes terem imobilizado e colocado os supostos delinquentes no carro-patrulha, os agentes receberam ordens do superior no local para receberem a câmera, o que fizeram.

O repórter de imagem ainda tentou reagir ao confisco ilegal, mas os seus colegas, nomeadamente o repórter-pivot e o motorista, lhe disseram para acalmar-se, ao que atendeu. De volta à viatura da televisão, seguiram o carro da polícia em direcção à esquadra com o objectivo de ali recuperar o material de trabalho.

Estranhamente, os agentes parecem pertencer ao comando do Rangel, tanto que seguiram em direcção ao hospital Américo Boavida, passando pela Brigada, mas a zona onde actuavam está adstrita ao comando do Sambizanga.

Populares que assistiam ao acto diziam “esperemos que a polícia não destrua as imagens nem a câmera”. A nossa reportagem não pôde seguir a caravana policial.

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