PIIM: Paralisação das obras do Instituto Médio de Saúde preocupa activista e moradores de Cafunfo
O silêncio das autoridades no município do Cuango e da Província da Lunda-Norte, tem estado a preocupar o activista e defensor dos direitos humanos em Angola, Jordan Muacabinza, sobre o não andamento das obras Instituto Médio de Saúde (IMS), no sector do Cafunfo, no âmbito do Programa de Intervenção nos Municípios (PIIM).
A infra-estrutura está a ser erguida no bairro Gika, arredores da vila mineira de Cafunfo, mas que se encontra parada há quatro anos, desde que foi lançada a primeira pedra pelo então governador da Lunda-Norte, Ernesto Muangala, que agora assume a gestão do Moxico.
Os activistas e a população local pedem à Procuradoria-Geral da República (PGR) e à Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE), com vista a investigar “para ver o que realmente se passa”.
O Instituto Médio de Saúde que está a ser erguido na vila de Cafunfo, é a única obra que o município tem de grande porte no âmbito do PIIM, que seria apresentado à população local prazo de 9 meses, tal como tinha garantido o ex-governador da Lunda-Norte Ernesto Muangala.
Desde que foi lançada a primeira pedra, as obras continuam paradas há quatro anos, sem nenhuma explicação sobre o seu atraso, o que segundo os habitantes de Cafunfo, “representa total desrespeito”.
O acto de lançamento da primeira pedra para a construção do Instituto Médio da Saúde do Cuango, teve lugar numa sexta-feira, 17 de Julho de 2020, no Bairro Comandante Gika em Cafunfo.
A referida obra está a cargo das empresas GUSMAPI COMÉRCIO LDA e SOENCO, PROJECTOS E CONSULTORIA, LDA, com um orçamento de 116 milhões de kwanzas, cujas obras teriam a execução de nove meses.
A referida escola contém 12 salas de aula, das quais dois laboratórios, campo multiuso, um estacionamento, refeitório, um anfiteatro e está ser construída num espaço de dois mil, novecentos e trinta e cinco metros quadrados e vai contar igualmente com uma sala de informática e uma cantina.
Recentemente, o ministro do Estado para a coordenação Económica, José de Lima Massano, disse que um total de mil e cento e noventa e sete (1.197) projectos sociais, na sua maioria inaugurados e à disposição dos cidadãos, foram concluídos até ao mês de Abril deste ano, em todo o país.
“Digno Procurador, diante desta denúncia, enquanto cidadão e fiscalizador do Estado, e em nome dos habitantes do município do Cuango, peço que se cria uma comissão para investigar as causas do abandono da obra que é o bem público”, lê-se numa denúncia do activista Jordan Muacabinza.