Pesca: SFT Angola nega ter pescado carapau em período de veda

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A empresa SFT Angola negou ter feito pesca de carapau em período de veda, tempo previsto para a reprodução e crescimento da espécie, na província do Namibe, e diz que observou minuciosamente todos os critérios recomendados pelas autoridades nesta época.

A empresa diz estranhar as informações veiculadas por vários meios de comunicação social de que foram detectadas irregularidades nas suas embarcações na Namibe, e considera falsas as informações.

Em declarações à imprensa, António Gama, administrador da SFT Angola, explicou que a empresa forneceu minuciosamente as informações necessárias sobre o que se passou, às autoridades fiscais e refuta ter violado normas.

Segundo este responsável, não é verdade que no mês passado duas das embarcações de pesca industriais foram apanhadas com excesso de peixe carapau nos mares do Namibe em época de veda.

António Gama salientou que antes a SFT Angola alertou as autoridades para que acompanhassem as suas operações no mar para evitar tais especulações.

“Quero dizer que todas as operações antes de executarmos, pelo menos vissemos o pedido para que fossemos autorizados pelo Ministério das pescas que observou com muito cuidado os nossos documentos e aprovou as operações”, explicou.

Segundo o administrador, o ministério mandou o documento para a fiscalização das pescas que também autorizou.

“Tudo quanto solicitado e declaramos, nos foi feito e nunca houve nenhuma denúncia por parte dos inspectores da fiscalização das pescas e da Polícia Fiscal aquando dos acompanhamentos das operações”, disse.

António Gama lamentou o facto de terem sido difundidas informações de que foram apreendidas duas embarcações com cerca de mil toneladas de carapau da SFT Angola.

“É falsa essa informação”, avançou o responsável que solicitou às autoridades para façam um apuramento de verdade.

De recordar que as autoridades de fiscalização marítima do Namibe disseram ter apreendido dois navios com bandeira camaronesa, que atracaram, no dia 24 de Junho, na Baía de Moçâmedes, com mais de mil toneladas de peixe carapau.

Em declarações à imprensa, o director do Gabinete Provincial das Pescas e do Mar, Piedade Guanhe, fez saber que caso se prove a violação ao período de veda, o produto vai ser revertido a favor do Estado e os autores serão responsabilizados.

“São grandes quantidades de carapau. Estamos a falar de um total de 1 805 toneladas (1,8 milhões de quilos). Uma está com 974 toneladas e a outra com 831. Esses são fortes indícios de ilegalidade, uma vez que estamos no período de veda, iniciado a 1 de Junho e vai até 31 de Agosto. Logo, não se pode pescar carapau neste período”, disse.

O director lembrou que essas embarcações realizaram, recentemente, um transbordo, concretamente, uma no dia 27 e a outra a 30 de Maio do corrente ano.

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