Paulo de Almeida – o símbolo da partidarização da polícia angolana
A polícia angolana tem sido acusada pelos partidos na oposição e organizações não governamentais de ter um carácter bastante partidarizado.
O comissário-chefe Paulo Gaspar de Almeida, que exerce desde 1 de Agosto de 2018, o cargo de Comandante-Geral da Polícia Nacional em substituição de Alfredo Eduardo Manuel Mingas “Panda”, exonerado a seu pedido, apontado como símbolo da instrumentalização partidária dos efectivos da Polícia Nacional
Recentemente, segundo o portal “O Decreto”, Paulo de Almeida terá autorizado sua sobrinha a também Comandante da 51ª Esquadra (esquadra adstrita ao Distrito Urbano do Kilamba), da Wilma Augusto, a reter mais da metade do seu efectivo em parada para receber, a 1ª secretária da JMPLA do Distrito Urbano do Kilamba, Isabel Laurindo, num verdadeiro acto de desrespeito à farda azul.
Este acto foi condenado por vários efectivos da corporação daquela esquadra, chegando mesmo a dizer que: “não é possível uma miúda dessa colocar mais de duas horas, mais velhos que têm que exercer com zelo as suas funções”, protestou um dos subinspectores da corporação.
O Decreto avança que, mais de 50 homens, desde inspectores à agentes de primeira ficaram esta terça-feira, 21 numa parada a espera Isabel Laurindo, secretaria da JMPLA naquele distrito.
Quando na noite desta quarta-feira, 22, a centralidade do Kilamba viveu um autêntico momento de tiros e não houve no terreno qualquer intervenção das forças da ordem.
Recentemente, a UNITA na Huíla acusou a Polícia Nacional de estar a actuar com um peso e duas medidas, quando se trata de lidar com eventos políticos em ambiente de pré-campanha eleitoral.