Oposição angolana exige recontagem dos votos
A oposição que concorreu ao pleito eleitoral de 23 de Agosto último, com a excepção da Aliança Patriótica Nacional (APN), demarca-se dos resultados resultados provisórios publicados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE) que dão vantagem ao MPLA com maioria qualificada, por esta razão declara que novo escrutínio provincial seja realizado com base na lei e na constituição.
Fonte: Radio Angola
Numa declaração conjunta tornada pública aos órgãos de comunicação social no domingo, 03/09, a UNITA, CASA-CE, PRS e a FNLA entendem que os resultados publicados pela CNE não reflectem a realidade expressa pelo povo no dia da votação.
Na declaração que reage igualmente ao posicionamento da publicados pela sobre o apuramento provincial dos resultados eleitorais, os subscritores salientam que, com a excepção das Províncias de Cabinda, Zaire e Uíge as restantes províncias do país os seus resultados não foram apurados de acordo com a Lei.
A nota lida pelo presidente da UNITA, Isaías Samakuva refere ainda que, o processo culminou com a presença ilegal de indivíduos estranhos ao processo eleitoral, visando forçar a coincidência entre os resultados provisórios ilegalmente proclamados em Luanda e os definitivos nas províncias.
Diante deste cenário, a UNITA, CASA-CE, PRS e a FNLA não têm outra saída senão, declarar “o processo eleitoral inconstitucional e ilegal e não aceitar quaisquer resultados produzidos a margem da Lei”
A reclamação da oposição exige nos termos da Constituição e da Lei a realização de um novo escrutínio provincial, e ao mesmo tempo propõem a criação de uma “Comissão de Bons Ofícios da Sociedade Civil e das Igrejas para apurar a veracidade dos factos e aferir da justeza do processo”.
Isaías Samakuva, líder da UNITA deu voz à Declaração Conjunta da Oposição que contou com ausência do partido APN.
Acompanhe aqui o áudio completo da Declaração Conjunta assinada pelos líderes da UNITA Isaías Samakuva, da CASA-CE Abel Chivukuvuku, do PRS Benedito Daniel e o PRS Lucas Ngonda: