O exemplo de uma Polícia, verdadeiramente, Republicana – Vasco da Gama
A foto que vemos acima já circulou até aos confins da terra, como melodiou a irmã Sofia. Vemos o jovem Luaty Beirão ao lado de um agente republicano que, com razoabilidade, digamos ser um ilustre desconhecido.
Mas, entre nós, é a presença do Luaty que torna a foto mais interessante e com conteúdo que, para mim, é excitante, pois, vejamos:
Luaty Beirão é/era dos jovens mais influentes dos famosos “revus”, com destaque para os 15+2 que, muito bem conheço, em função das minhas funções na rádio, que servia como o único meio de comunicação que dava espaço a eles.
A estraordinariedade da foto nasce deste prisma, porquanto Luaty Beirão e amigos, (des) propositadamente entenderam que, para atingir seus objectivos era indispensável a “banalização” da imagem da Polícia Nacional. (Conceito de banalização nos anais da economia internacional).
Aliás, sabiam que com a imagem da Polícia beliscada teriam o seu principal alvo atingido.
Desta feita, aproveitaram todas as falhas humanas de alguns agentes para achincalhar tudo e todos. – Basta recuar no tempo e espaço para ver os actos na sua cronologia factual, sem esquecer os videos jocosos que sempre fizeram.
Hoje, passados alguns anos e conscientes desta estratégia, Luaty Beirão “pousa” numa foto com um agente da Polícia que, para ele e amigos é…
Não importa se o pedido veio do “revu” ou do agente, o importante é que, quer num ou noutro sentido, o agente constou da foto e com um simbolismo forte, pelo menos, para nós que andamos nestas lides.
Forte porque mostra que, na realidade, para os agentes da PNA, o que falam, contra ou a favor, não conta na construção de uma sociedade de paz.
Forte porque mostra que, para os agentes da PNA, a união na diversidade conta mais do que quaisquer interesses pessoais.
Forte porque mostra que, para os agentes da PNA, não existem filhos e enteados.
Forte porque mostra que, para a PNA, o tratamento dado ao B e C é, de facto, igualitário.
Forte porque mostra que, para a PNA, os indivíduos, na sua essência, valem mais do que as posições que, por ocasião ou habitabilidade, tomam.
Forte porque mostra que, para a PNA, os revus, militantes deste ou daquele partido, são cidadãos nacionais e, por conseguinte, têm os seus direitos reservados, respeitados e garantidos.
É o mínimo que, qualquer pessoa de bem, sem tendências, pode ler nesta foto.
É, por obséquio, uma foto que manifesta o sentido apartidário e a abstenção a alinhamentos grupais.
É uma foto que, em razão da nossa história, opinião publica e publicada, muitas vezes construída pelos meus amigos “revus”, contraria estórias e narrativas tendenciosas, a desfavor de uma corporação que, verdade seja dita, é das melhoras em África.
Há que terminar dizendo que, provavelmente o retrato foi feito sem pensar no valor axiomático que iria produzir.
Foi feito sem pensar no amanhã e nas interpretações. Mas, só faz isto quem, efectivamente, está livre e age com naturalidade. É o caso deste agente que, infelizmente, não conheço.
Contudo, ainda há tempo para enviar, por esta via, os meus parabéns pela coragem, decisão e contributo na solidificação da união na diferença.
É um dos gestos que simbolizam a existência de uma PNA, verdadeiramente, republicana.
A PNA é aquela que hoje é achincalhada e amanhã procurada. Mesmo assim atende todos que a procuram, a semelhança do que vemos na foto…