No Rangel: Moradores apelam remoção do lixo que invade entrada do prédio dos soviéticos no Marçal

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Os moradores da comunica do Marçal, distrito urbano do Rangel, em Luanda lamentam a incapacidade da Elisal para recolha dos amontoados de lixo, que cada vez mais são depositados por tudo quanto é canto, com maior enfoque junto ao portão que dá acesso ao conhecido “prédio dos soviéticos”.

Fonte: Rádio Angola

Em declarações à Rádio Angola, a população descreve que, por culpa dos amontoados de lixo, as patologias como o paludismo, malária, febre tifóide e doenças diarreicas agudas, têm sido constantes provocando várias vítimas mortais nos últimos dias.

Segundo os munícipes, a Empresa de Limpeza e Saneamento de Luanda (ELISAL) “recolhe o lixo uma vez à outra”, o que para eles, “justifica” a elevada quantidade dos resíduos sólidas nas ruas.

Para os moradores do “prédio dos soviéticos”, a situação “é cada vez mais lastimável, porquanto, para além do lixo que tem produzido muitas moscas e vermes”, as águas paradas constituem a principal fonte de criação de mosquitos – vectores causadores de paludismo e malária, que segundo as autoridades sanitárias é a doença que mais mata em Angola.

A jovem Alia Ariadine, morador do Marçal disse à Rádio Angola que a situação está cada vez mais critica, pois, “não está a dar para se ter uma vida condigna”, acrescentando que “o governo nada faz para resolver o problema, que já se arrasta há mais de um ano”.

Domingos Eduardo, outro munícipe do Rangel, afirmou que o lixo que tomou conta da rua próxima à entrada do “prédio dos soviéticos” constitui um atentado a saúde pública, uma vez que tem provocado várias doenças.

“Há vezes que ficamos sem ter onde passar na rua, a governação está mesmo mal, não vejo nada de melhor neste governo do Presidente João Lourenço”, disse.

Por sua vez, o coordenador do bloco-8 da comissão de moradores do bairro Marçal, no Rangel, Humberto Alexandre disse a este portal que a não recolha permanente está na base os amontoados de lixo. “Estamos a viver uma situação difícil por culpa deste lixo, apesar da mobilização da população para a recolha do lixo, mas tem sido insuficiente”.

Disse que “o lixo e as águas paradas, é um perigo à saúde pública devido as doenças que têm sido notórias nesta fase do ano”. O responsável lamentou o trabalho que a ELISAL tem feito no seu quarteirão, que para ele, “tem sido ineficiente”.

O coordenador do quarteirão oito do bairro Marçal, referiu-se igualmente que as águas paradas estão justamente acumuladas nos locais onde passam as tubagens de água potável que tem sido consumida por centenas de famílias.

De lembrar que a organização não-governamental Friends of Angola (FoA) escreveu recentemente uma carta à governadora de Luanda, Joana Lina sobre a falta de saneamento básico na rua que dá acesso ao “prédio dos soviéticos”, mas passados mais de três meses, nenhuma resposta a FoA afirma ter recebido.

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