NÃO QUERO SER INGRATO “A DEUS! FACEBOOK”, A MINHA COSTELA RECLAMA COM CIÚME

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Elias Muhongo

Ai, Meu despertar!

Eu escrevo para dizer que acabou apenas por uma semana. Pode ter certeza de que dói mais em mim do que em você. Afinal, foram tantas noites em claro, tantas tardes em que eu deveria estar a trabalhar e passei do seu lado, tantas vídeos virais que descobrimos juntos. Era você que eu cumprimentava assim que abria os olhos.

Quando te conheci, estava a vir de um término complicado com máquinas dactilografia: uma relação que durou muito mais do que deveria e depois computador. Dentro disto, aos poucos você foi me ganhando e quando vi estava a pagar para ter sua atenção. Doeu quando descobri que você vendia informações minhas e nunca me deu um centavo e até aqui continuas a vender. Essa sua mania de guardar tudo: você sabe que isso não está certo. Depois de obter um telefone ou celular muitos dias saímos com irmão, namorados e até casamento, eu aceitei, nos divertirmos para cacete, e no dia seguinte, repetia sempre para rever as delícias das palavras. Confesso que, contigo aprendi a ser um homem romântico.

Hoje faz mais de 9 anos se não estou a sonhar ou errado, repletos de beijos, like, identificação, partilhas e as suas imagens de coração, e um dia que não falamos, semana e não se vê. Às vezes é estranho e castigo para mim. As pessoas falam de você o tempo todo: na família, no trabalho, nas festinhas. Isso também mudou: antigamente você servia para falar das festas de trabalhos. Hoje parece que as festas servem para falar de você. Até minhas tias-avós estão obsessivas. Outra coisa: até hoje não entendi o que você tem contra mamilos femininos. Porque na verdade gostas mais de mulheres peladas do que dos homens.

Hoje percebo que o problema não é, sou eu, é você. É aquela mania de tocar vídeos que eu não pedi para ver. É aquela sua mania de perguntar: “O que é que você está pensar?”. Deixa eu pensar em paz, “possa pá meu despertar”. Por sua causa, deixei de ler, de comprar livros, e a minha costela vive triste e não consigo fornecer aquela AMOR na minha primeira filha com ela, a “DIVINA”, consegues dar tudo para mim, menos EMPREGO, os amigos que tem estado a conquistar com as minhas palavras escritas, somente sabem dizer ok, like, notificar, partilhar através do seu poder. E confesso que no nosso país – Angola, você é um Deus, até ao ponto de colocar os governantes com medo. Porque na verdade, vocês “redes sociais” deveriam trazer uma nova era de liberdade de expressão, democratização das informações e facilidade de acesso ao conhecimento. Em parte, é preciso admitir na verdade, que isso aconteceu. Mas a questão é que não ficou só nisso. A explosão e relações nos usos das redes também, abriu espaço para o racismo, o discurso do ódio, a exaltação da violência ou a divulgação de notícias falsas, calúnia e difamação etc… a momento que, eu tentava abrir um livro e você não calava a boca: “Ei, olha para você e saber o que você procurou para mim e o que estava rolar, porque também tenho medo dos seus ciúmes. Como dizem os brasileiros “Nenhuma obra da literatura pode competir com treta e com nude”. Você sabe disso. Esse termo dos brasileiros não foi bom. Você me obrigou a dizer o motivo. “Estou a perder tempo demais com você”. E você diz sempre calma com suas pelas transformações de imagens, e convida coisas que somente o Diabo consegue explicar, por favor, pare com isso, eu preciso divórcio deste despertar e podemos se ver menos. Eu dou um jeito, e peço ajuda do Senhor Deus que também conseguiste conquistar no seu mundo através dos seus filhos crentes que usam o seu nome.

Você me faz uma pessoa mais triste e ao mesmo tempo alegre, sei que você despertou muitos adolescentes se conseguem fazer filho ou não, através das suas imagens de mamilos femininos, e como também matastes muitos filhos e a culpa é toda sua etc… Eu vou melhorar a dor de te ver somente um dia por semana, Desculpa. Libero até mamilos femininos, libero os comentários de Jornalistas sem cabeça, tronco e membro e libero tudo. Fica.” Você não tem amor-próprio, Facebook. Olha, só como você é teimoso, quando viu que nada mais podia me convencer, você foi sempre mais baixo com dizeres: “Olha só esses amigos. Eles vão sentir sua falta.” Facebook, não precisava insinuar que eles só são meus amigos por sua causa. Mesmo os amigos que eu conheci através de você sabem onde me achar: e já estão há me achar. Não precisamos mais de você por uma semana, mas vou manter sempre você ligado, mas esquece da minha atenção, esquece mesmo, porque tenho que começar a comprar livros, tenho que ter um emprego que me facilita ir mais além para te derrubar. Não quero ser ingrato mas tenho mesmo que dizer a Deus! E não vou pedir que você devolva as mil horas que você me tomou e nunca deu. Só quero mesmo que você soubesse que sem você eu passo bem demais. Sim, eu sei. Posso voltar para você a hora que eu quiser. No “hard feelings”. Você não tem amor-próprio Facebook.

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