“Não é com prisões arbitrárias do regime que vai baixar o espírito de revolta”, diz activista Mc-Life

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O músico de intervenção social e activista cívico Adão Bunga, conhecido igualmente por “MC-Life”, um dos jovens que faz parte do “grupo dos 7”  activistas julgados e condenados pelo Tribunal Municipal de Cacuaco a pena de 45 dias de prisão efectiva e uma multa de 76 mil kwanzas, por crime de “resistência” denuncia humilhação, tortura física e psicológica na Penitenciária de Kalomboloca a setenta quilómetro à norte Luanda.

Por Gonçalves Vieira

O activista que já se encontra em liberdade desde quinta-feira, 08/06, (a semelhança dos outros seis do mesmo processo) depois de cumprir a pena de 45 dias que excedeu aos 53 dias, disse em exclusivo à Rádio Angola que a sua condenação e o tempo que ficou na cadeia serviu para reflexão e “fortalecer o espírito de resistência contra regime do MPLA”.

Para Adão Bunga “MC-Life”, “não é com prisões arbitrárias que faz com que “baixaremos o sentimento de revolta”, por isso, garante que não se sente inibido, tão pouco ameaçado. “Vamos continuar a lutar e, como sempre, vamos cumprir com a constituição e de certa forma nada nos vai fazer recuar”, afirmou o activista.

O jovem activista encoraja à todos os activistas e demais angolanos que almejam por um país verdadeiramente democrático e de direito, a não se deixar intimidar “ com essas prisões arbitrárias”, porque, segundo disse à Rádio Angola, quando se luta por uma causa justa nada poderá contrapôr. “Por isso, peço convicção e coragem à todos os companheiros de batalha”.

Os antigos reclusos, cumpriram as suas penas nas cadeias de Kalomboca, Kaquila e Comarca de Viana. Adão Bunga “MC-Life” descreve que durante o encarceramento, alguns dos activistas contraíram doenças várias dentro da cadeia.

Refira-se que os sete activistas foram detidos na sequência de uma manifestação em Cacuaco que visava exigir na rua transparência no processo eleitoral e boa governação. Os mesmo foram julgados e condenados no dia 19 de Abril d 2017, sob processo nº 79/17 a pena de 45 dias por crime de “resistência”, e depois da pena os “revús” foram libertados 53 dias depois. Tratam-se de Adão Bunga “MC Life”, Nzunzi Zacarias Mabiala “Luston”, Valdemar Aguinaldo “27 de Maio”, Paulo Mabiala “DMX”, Mariano Andre e David Salei.

Acompanhe a entrevista que o activista e músico de intervenção social “MC-Life” concedeu à Rádio Angola falando sobre as “peripécias” passadas na cadeia:

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