Moradores do Marçal acusam Governo Provincial de Luanda, Elisal e Administração do Rangel de negligência com a vida humana

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Por Radio Angola

A situação sanitária no bairro Marçal, localizado no município do Rangel, em Luanda, tem gerado preocupação entre os moradores devido à acumulação de lixo, contentor de lixo danificado e águas estagnadas na Rua do Suba-20. Essa negligência por parte das autoridades locais, incluindo o Governo Provincial de Luanda, a Empresa de Limpeza e Saneamento de Luanda (Elisal) e a Administração do Rangel, coloca em risco a saúde pública, especialmente diante do aumento de casos de cólera na região.

De acordo com uma reportagem da Rádio Angola, quem passa pela Rua do Suba, no Marçal, depara-se com um cenário dominado por cheiro nauseabundo, devido aos amontoados de lixo e águas paradas apodrecidas, onde ratos, mosquitos, baratas e outros vermes proliferam, representando um autêntico perigo à saúde pública.

A cólera, uma infecção bacteriana aguda que causa diarreia e desidratação severas, continua a ser um problema de saúde pública em Angola. Embora tratável, a doença pode ser fatal em poucas horas se não for combatida adequadamente. Um dos principais fatores que contribuem para a persistência e a propagação da cólera em Angola é a gestão inadequada do lixo.

Nas últimas 48 horas, foram notificadas 350 novas infecções e 11 óbitos devido à cólera em Angola, totalizando 7.760 casos e 293 mortes desde janeiro. A província de Luanda registra 3.941 casos e 144 óbitos, evidenciando a gravidade da situação.

Moradores alertam para os riscos à saúde pública decorrentes dos amontoados de lixo na Rua do Suba-20, no Marçal, e apelou às autoridades competentes para a sua remoção urgente. No entanto, até o momento, a situação persiste e tende a piorar.

Os moradores relatam que, devido ao acúmulo de lixo, doenças como paludismo, malária, febre tifóide e doenças diarreicas agudas têm sido constantes, provocando várias vítimas mortais nos últimos dias. Eles clamam por uma intervenção urgente para a remoção do lixo, que ameaça diariamente a saúde de centenas de famílias e milhares de consumidores da água tratada e distribuída pela Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL).

A negligência das autoridades locais em resolver os problemas de saneamento básico no Marçal evidencia uma falta de compromisso com o bem-estar dos moradores. É imperativo que o Governo Provincial de Luanda, a Elisal e a Administração do Rangel tomem medidas imediatas para melhorar as condições sanitárias na área, a fim de prevenir a propagação de doenças e garantir a saúde e segurança da população.

 

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